Beyoncé é conhecida por ter criado alguns dos clipes mais marcantes do século 21, como a produção minimalista de Single Ladies e a megaprodução de Formation. Entretanto, os últimos dois álbuns da cantora, Renaissance e Cowboy Carter, não vieram acompanhados de vídeos.
Em entrevista para a revista GQ nessa terça-feira (10), em edição na qual estrelou a capa da publicação, ela explicou que não quer que as produções audiovisuais tirem o foco de seu trabalho principal: a música. A cantora acrescentou ainda que teme criar uma "distração da qualidade da voz e da música".
— Achei que era importante que, em um momento em que tudo o que vemos são imagens, o mundo pudesse se concentrar na voz — justificou.
Ela também relatou que, em seus lançamentos recentes, buscou exaltar contribuições de artistas negros para gêneros como disco, house e country, um trabalho que costuma ser apagado. Por conta disso, achou importante que as obras se sustentassem individualmente, sem clipes.
— A música é tão rica em história e instrumentação. Leva meses para se digerir, pesquisar e entender — relatou. — A música precisava de espaço para respirar por conta própria.
A entrevista foi realizada para promover a marca de uísque da artista. Desde 2017, quando conversou com a Interview Magazine ao lado de sua irmã, Solange, Beyoncé não falava amplamente com a imprensa sobre sua carreira.
Artista está afastada de entrevistas desde 2014, ainda que tenha escrito alguns ensaios para veículos como a Vogue e se comunicado com os fãs pelas redes sociais nesse período.