O ano de 2022 está quase chegando ao fim, e a temporada de premiações de música já começou. Na terça (15), o Grammy divulga os seus indicados e há uma chance de que os brasileiros tenham motivos para comemorar: segundo alguns veículos internacionais, Anitta é uma das artistas mais bem cotadas para estar na lista.
A carioca já está inscrita em 13 categorias — nessas, as mais visadas por ela são a de artista revelação (chamada de Best New Artist) e a de gravação do ano (Record of the Year), por Envolver. Desde outubro, a gravadora de Anitta no Exterior, Warner Records, começou uma campanha para tornar a brasileira conhecida pela Academia, como comumente ocorre com outros artistas. Há algumas semanas, por exemplo, ela estampou uma página inteira na revista Billboard com a frase "For Your Consideration" (Para Sua Consideração, em português), dirigida aos jurados.
Alguns veículos internacionais como a própria Billboard, a Variety, a Forbes e o Los Angeles Times já incluíram Anitta em suas apostas para o Grammy, principalmente na categoria de artista revelação. Neste ano, não surgiram nomes muito fortes na indústria, como ocorreu em edições anteriores (lembrando que as últimas quatro vencedoras foram Dua Lipa, Billie Eilish, Megan Thee Stallion e Olivia Rodrigo), e por isso Anitta deve concorrer com artistas pouco conhecidos. Além dela, estão cotados as compositoras Tate McRae, Lauren Spencer-Smith e Muni Long, o artista country Zach Bryan, a rapper Latto, o duo de rock Wet Leg e Joji, autor do viral Glimpse of Us.
A seguir, GZH reúne motivos pelos quais Anitta tem chances de ser indicada ao Grammy:
Conquista atrás de conquista
Não há dúvidas de que, em se tratando de carreira internacional, 2022 foi o melhor ano para Anitta até agora. O sucesso não veio de graça e foi conquistado aos poucos, em uma estratégia meticulosa, como a própria Anitta já revelou, que já vem se desenhando desde pelo menos 2016.
Neste ano, Anitta começou a colher os frutos. Em março, Envolver (que foi lançada no fim de 2021) se tornou viral no TikTok e alcançou o topo do ranking Spotify Global, chegando a render à estrela uma entrada no Guinness Book. Depois, veio um álbum trilingue focado no mercado internacional, Versions of Me, uma estátua de cera no museu Madame Tussauds de Nova York, uma entrevista no popular talk show apresentado por Jimmy Fallon, uma apresentação no festival Coachella, uma performance de funk no Video Music Awards (VMA), principal prêmio da MTV, e outras tantas conquistas.
Tudo isso pode ser suficiente para convencer os jurados do Grammy a indicar a brasileira, já que eles costumam dar bastante importância ao sucesso. Segundo o site americano Hits Daily Double, Envolver qualifica Anitta para uma quase certa indicação à premiação: "A artista brasileira alcançou renome mundial com esta elegante chegada, um enorme hit no streaming".
Temporada de premiações
Outro ponto que favorece Anitta é que ela é figurinha marcada na temporada deste ano de premiações. Ela não apenas foi indicada ao VMA, mas venceu a categoria de música latina, superando nomes de peso como Bad Bunny, Becky G, Daddy Yankee, Farruko e J Balvin.
Anitta também venceu a mesma categoria no MTV Europe Music Awards e concorre em outras premiações escolhidas por voto popular, como o American Music Awards e o People’s Choice Awards.
Claro, há o Grammy Latino, que ocorre próxima sexta-feira (17) escolhido por um corpo de jurados, e tem uma importância maior para a cantora em sua corrida para o Grammy americano.
Vale lembrar que, nos últimos anos, há uma demanda de que a versão americana da premiação passe a incluir artistas latinos em suas categorias principais, já que a música latina se tornou sucesso a nível global — Bad Bunny, por exemplo, foi o artista mais escutado no Spotify em 2020 e 2021. Por isso, o destaque que Anitta ganhará no evento do final desta semana é um bom sinal: além de concorrer na categoria de gravação do ano, a principal da noite, ela irá compor o time de apresentadores.