Um dos responsáveis pelo Aconchego Bar, onde o MC Boco do Borel foi morto a tiros durante um show na madrugada do domingo (26) em Serrambi, no município de Ipojuca, litoral sul de Pernambuco, disse que o cantor foi baleado ao anunciar que iria cantar a primeira música. A testemunha, que preferiu não se identificar, relatou que o crime ocorreu por volta das 2h40min e que viu somente um homem encapuzado atirando no artista. As informações são do portal g1.
— Ele estava aqui desde as 21h30min e ninguém mexeu com ele, só na hora que ele subiu (no palco). Na hora que ele disse "vou cantar". Ele não chegou nem a cantar a primeira música. Quando começou a cantar, atiraram nele — contou o responsável. — Não sei quem foi, não dava para identificar de jeito nenhum, porque ele (o atirador) estava com um capuz na cabeça e saiu correndo — acrescentou.
Ainda conforme a mesma testemunha, Boco tinha alugado o espaço para cantar e cobrar ingresso para a entrada dos clientes, enquanto o estabelecimento ficaria com o dinheiro do que fosse consumido.
À TV Jornal, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que o MC estava começando a sua apresentação quando um homem com touca ninja, que cobria o rosto, foi para a frente do palco e disparou tiros de arma de fogo. Ele chegou a ser levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu aos ferimentos.
Em nota, a Secretaria de Defesa Social (SDS) afirmou que as investigações sobre o homicídio "já foram iniciadas pela Equipe da Força Tarefa de Homicídios Metropolitana Sul", da Polícia Civil de Pernambuco, que registrou a ocorrência. Até a manhã desta segunda-feira (27), ninguém havia sido preso.
MC Boco, nome artístico de Paulo Roberto Gonçalves Cavalcanti, tinha 34 anos e fez dupla com MC Sheldon no início da carreira, consolidando-se como um dos pioneiros do brega funk. Entre seus maiores sucessos, estavam as músicas Vem Novinha Mim Ter, Novinha Merece Sim, com Sheldon, e Vem Novinha Tomar Toddynho.
Em junho de 2020, Boco foi detido com mais três homens por estar com 670 gramas de derivado de pasta base de cocaína. Ele ficou preso preventivamente até outubro deste ano. Na época, a assessoria do cantor negou o envolvimento do artista e afirmou que ele estava “no local errado na hora errada”.