MC Boco do Borel, pioneiro do brega funk ao lado de MC Sheldon, foi morto a tiros na madrugada deste domingo (26) enquanto fazia um show em Serrambi, em Ipojuca, local próximo a Porto de Galinhas, em Pernambuco. Ele tinha 34 anos.
Segundo informações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) local repassadas à TV Jornal, o MC estava começando a sua apresentação quando um homem com touca ninja, que cobria o rosto, foi para a frente do palco e disparou tiros de arma de fogo. Ele chegou a ser levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu aos ferimentos.
Até a manhã deste domingo, ninguém havia sido preso, segundo a Polícia Civil informou ao G1. O corpo foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML), no Centro do Recife.
A família não quis falar com a imprensa. Boco deixa a esposa, Alynne Cristina, e quatro filhos.
MC Boco, nome artístico de Paulo Roberto Gonçalves Cavalcanti, fez dupla com MC Sheldon no início da carreira. Entre seus maiores sucessos, estavam as músicas Vem Novinha Mim Ter, Novinha Merece Sim, com Sheldon, e Vem Novinha Tomar Toddynho.
Em junho de 2020, Boco foi detido com mais três homens por estar com 670 gramas de derivado de pasta base de cocaína. Ele ficou preso preventivamente até outubro deste ano. Na época, a assessoria do cantor negou o envolvimento do artista e afirmou que ele estava “no local errado na hora errada”.
Neste domingo, pelas redes sociais, Alynne Cristina pediu que as pessoas parem de criar teorias em torno da morte do marido. Segundo ela, o cantor não era "traficante, bandido e muito menos envolvido com nada".
— Como ele iria cantar em um local sabendo que seria morto? — questionou a esposa de Boco. — Foi uma covardia, a verdade foi essa.
Alynne também confirmou que o cantor foi morto a tiros a queima-roupa.
— Atirar friamente enquanto ele cantava? Isso é uma revolta.