Lançado no dia 24 de junho, Batidão Tropical traz Pabllo Vittar exaltando os ritmos do Norte e Nordeste que fizeram parte de sua vida. Em seu quarto disco, a cantora se volta para o forró e o tecnobrega. O sucesso foi imediato.
No Spotify, Batidão Tropical chegou a se tornar a maior estreia de um disco solo pop brasileiro na história do serviço musical de streaming — até ser ultrapassado esta semana por Doce 22, de Luísa Sonza. Já na Deezer, a drag queen teve um crescimento de 423% e alcance de 58% de novos ouvintes.
Em entrevista a GZH, Pabllo falou sobre o disco e seus próximos passos.
Batidão Tropical é um disco que traz a sonoridade do tecnobrega e do forró, além de versões de grupos como Companhia do Calypso, Batidão e Ravelly. Qual foi o ponto de partida que te fez focar nessa sonoridade no quarto disco? Qual é a importância dessas referências e ritmos para você?
São gêneros que fizeram e fazem parte da minha vida. Decidi enaltecer tantos ritmos do Norte e do Nordeste por ser algo que sempre me influenciou de forma positiva, seja na minha vida ou na minha carreira. E claro, enaltecer a arte e a cultura regional do nosso do país que é extremamente rica. Temos muita coisa incrível no nosso país e é hora de mostrar isto para o mundo!
Batidão Tropical atingiu marcas expressivas nas plataformas digitais. Você esperava tamanho desempenho do disco? Como tem sido essa repercussão para você?
No fundo, no fundo, a gente acaba fazendo o que ama, e claro, pensando no que os fãs também pedem, então esta parte de números acaba ficando em segundo plano. Mas confesso que tem sido muito especial todos esses resultados. Sou muito grata a todos os fãs que tem acompanhado meu trabalho e todo o meu time, sem eles nada disso seria possível! É só o começo de muita coisa incrível por vir.
O primeiro single, Ama Sofre Chora, causou muita identificação entre o público. Você já passou por uma situação parecida com a descrita pela letra da música?
Com certeza (risos). Quem nunca amou e sofreu por um amor?
Este é o quarto disco de uma carreira consolidada, que empilha hits ano após ano. Você imaginava que chegaria tão longe? Ao que se deve essa longevidade?
Sempre foi um grande sonho poder mostrar meu trabalho para o maior número de pessoas possível, e claro, fazer com que minha arte e música transformasse a vida de pessoas. E ver isto chegando tão longe, é incrível demais. Sou muito grata por todo o carinho e por tudo que venho aprendendo e construindo.
Seu terceiro disco chegou no início da pandemia e seu quarto álbum também é lançado neste contexto, ainda sem a retomada de shows pelo Brasil. Como tem sido lançar álbuns nesse momento?
É diferente, né. Mas vamos seguindo e esperando pela vacina para todos o mais rápido possível. Estou morrendo de saudade dos palcos, mas agora não é o momento de pensar em mim. Temos de ter vacina já e depois voltamos juntos para comemorar com uma super turnê!
É de se imaginar que o show de Batidão Tropical possa ser divertido e catártico. Você cogita trabalhar esse disco em turnê?
Sem dúvidas. Em breve, iniciarei turnê em alguns países da Europa, seguindo todos os protocolos, e levarei muita coisa desta nova era sim.
Você sempre falou sobre política abertamente, enquanto há outras estrelas que são mais receosas em abordar o assunto. Para você, por que é importante se posicionar?
A política e o caos que vivemos atualmente por uma má gestão no governo impacta milhões de pessoas todos os dias. Acho super importante que artistas utilizem seus meios de comunicação para se posicionarem quando as coisas estão caóticas e terríveis como agora.
Após o lançamento e divulgação de Batidão Tropical, quais são os seus projetos para o restante do ano? Você planeja voltar a investir na carreira internacional?
Para este ano, ainda tem lançamentos de alguns feats (participações) que estão guardadinhos com artistas incríveis e um projeto lindo que estou preparando para comemorar os meus cinco anos de carreira! Sobre carreira internacional, acredito que seja algo natural, e que já vem acontecendo.