O cantor João Gilberto, que morreu no sábado (6), aos 88 anos, será velado a partir das 9h desta segunda-feira (8). A cerimônia será no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
O velório deve terminar às 14h e será aberto ao público. A causa da morte ainda não foi divulgada, mas o músico estava com a saúde debilitada há alguns anos.
O primogênito do compositor não estará presente, pois está nos Estados Unidos renovando o green card e não pode deixar o país, segundo seu advogado, Gustavo Miranda.
Além de João Marcelo, fruto do casamento com a também cantora Astrud Gilberto, João Gilberto deixou duas filhas: Bebel Gilberto, da união com Miúcha, e Luísa, filha dele com a ex-mulher Cláudia Faissol.
À Folha de S.Paulo, Faissol afirmou no final de junho que estava há cerca de um ano sem poder ver o músico, e que, se as brigas entre seus dois filhos mais velhos continuassem, ele morreria de tristeza.
Lenda da bossa nova, João Gilberto viveu a última década recluso em seu apartamento no Leblon, zona sul do Rio. Ele vinha enfrentando problemas financeiros decorrentes de processos judiciais e havia sido interditado. Estava sob tutela provisória da filha Bebel.
Nos últimos anos, ele enfrentou um longo e árduo processo contra a gravadora Universal Music, acusada de esvaziar o patrimônio da EMI justamente para não lhe pagar os devidos créditos. Em março deste ano, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) confirmou a vitória do músico em segunda instância.
O compositor havia completado 88 anos no início do mês de junho, quando apareceu em uma rara fotografia publicada por sua nora, mulher de João Marcelo, nas redes sociais. No final da vida, ele morava com a namorada, a moçambicana Maria do Céu Harris. Ele não dava entrevistas e não recebia ninguém em casa, a não ser familiares.