Após o elogiadíssimo primeiro disco, Maravilhas da Vida Moderna, de 2015, a banda gaúcha Dingo Bells lançou em abril deste ano o álbum Todo Mundo Vai Mudar. O trabalho é fruto de dois meses de imersão criativa de Diogo Brochmann (guitarra e voz), Felipe Kautz (baixo e voz) e Rodrigo Fischmann (voz e bateria) em um estúdio na zona sul de Porto Alegre, onde ficaram isolados com o guitarrista e arranjador Fabricio Gambogi (o quarto integrante extraoficial do grupo). Na época, a banda realizou um show de lançamento no Theatro São Pedro, que fez parte do projeto selecionado pelo edital Natura Musical 2016. Nesta sexta-feira (06), a Dingo Bells apresenta no Opinião, às 21h, um show “híbrido”:
— Vai abranger um pouco mais os dois discos da banda, e a seleção das músicas vai priorizar um espetáculo para galera ver de pé, dançando, cantando e curtindo — afirma Felipe Kautz, revelando a principal diferença entre o show feito no São Pedro. — Vai ter um repertório bem equilibrado para priorizar o ambiente de casa de show, para que seja mais agitado.
O espetáculo traz a participação especial de JoJo, músico que atualmente toca com Filipe Catto, além de um naipe de sopros composto por trombone, trompete e saxofone tenor. A cenografia conta com projeções do artista visual Martino Piccinini, que já trabalhou com a banda como diretor do videoclipe Mistério dos 30, um dos singles do Maravilhas da Vida Moderna, e no show de lançamento de Todo Mundo Vai Mudar.
— A gente demorou sete semanas para preparar esse show. Duas semanas ensaiando somente vozes e depois mais cinco tirando todo o repertório novo. No final, juntamos com as músicas do Maravilhas... que a gente já tocava — explicou Kautz.
Dingo Bells estreou no cenário musical gaúcho já aclamada pela crítica — levou para casa dois troféus do Prêmio Açorianos de Música 2015, nas categorias Composição Pop e Projeto Gráfico, pelo Maravilhas da Vida Moderna. O novo disco intensifica a identidade tropical do trio, com influências da soul music e da música popular brasileira, somando elementos de rock alternativo, música eletrônica, R&B e hip hop.
— Foi um processo muito intenso. Começamos do zero, ficamos dois meses em um laboratório de escrita e composição. As músicas saíram de um mutirão coletivo entre os quatro — conta Kautz.
“Mais estranhos, mais pop, mais brasileiros”
Se os primeiros dois singles do álbum, Todo Mundo Vai Mudar e Sinta-se em Casa, têm a personalidade já característica do grupo, músicas como Aos Domingos (Quando Eu Resolver) e Tem Pra Quem trazem barulhinhos eletrônicos, ambiências sombrias, sintetizadores e vocais que podem lembrar artistas como D’Angelo e Radiohead, duas inspirações explícitas para a banda.
— Discutimos muito o que queríamos. É a primeira vez que lançamos um segundo disco — brinca Kautz, para resumir a proposta da Dingo Bells: — A ideia foi intensificar o que achamos que são nossas características a ponto de saturar. Tentamos ser mais estranhos, mais pop, mais brasileiros, mais groove.
Depois do show em Porto Alegre, a Dingo Bells se apresenta amanhã em Caxias do Sul, no Zero 54 (Rua Dr. Augusto Pestana, 54). Há datas previstas neste mês em Curitiba e Ponta Grossa, no Paraná.
Dingo Bells
Sexta-feira (6), às 21h.
Opinião (Rua José do Patrocínio, 834)
Ingressos: terceiro lote a R$ 70; R$ 40 (promocional mediante doação de 1kg de alimento não perecível, a ser entregue no Opinião, na entrada para o show); R$ 35 (estudantes e idosos). Venda sem taxa: Multisom Bourbon Wallig (Av. Assis Brasil, 2611) – somente em dinheiro. Venda com taxa de R$ 5: lojas Multisom Andradas, 1.001, Shopping Praia de Belas, Shopping Iguatemi, Bourbon Ipiranga, Barra Shopping Sul, Shopping Total, Bourbon São Leopoldo, Bourbon Novo Hamburgo, Park Shopping Canoas e Canoas Shopping – somente em dinheiro. Venda online: blueticket.com.br/grupo/opiniao (com cobrança de taxas).