De quantas formas o romantismo pode ser expressado? Uma variedade delas será mostrada na noite desta sexta (24), durante o show Os Últimos Românticos do Sul do Mundo, que reúne Wander Wildner, Frank Jorge, Pata de Elefante e Gustavo Kaly no bar Opinião (Rua José do Patrocínio, 834), em Porto Alegre.
Contemporâneos do rock sulista, compositores e instrumentistas, os quatro sobem ao palco para cantar e fazer dançar o romantismo, com um setlist que inclui as canções preferidas do público e outras inéditas — frutos de criações recentes em desenvolvimento.
Gustavo Kaly, compositor catarinense radicado em Barcelona, abre os trabalhos e está responsável por um início de noite mais suave, quase sem banda. Ele é ex-integrante da Stuart e do grupo folk Os Últimos Românticos da Rua Augusta. As canções Um Bom Motivo e Boas Notícias estarão no repertório:
— Vou fazer meu show sozinho acompanhado apenas do Gabriel Guedes, do Pata de Elefante, nos arranjos e na guitarra, praticamente sem banda. Depois tenho algumas participações dos protagonistas da noite, o Frank (Jorge) e o Wander (Wildner). No set final, com o Gabriel (Guedes) e o Wander, virão canções que lembram turnês que nós três já fizemos. Eu e o Wander estamos com projeto novo e essas canções vão aparecer também.
Na sequência, Wander Wildner, o eterno rei do punk brega, promete uma apresentação quente:
— Vai ser um show muito dançante para esquentar o esqueleto e a alma. Minha apresentação vai ter muita música nova, do disco Coração Selvagem, além de alguns clássicos da minha carreira.
Repertório emotivo e visceral
Depois de Wander, sobe ao palco Frank Jorge, que prepara um show com naipe de sopros: Carlos Mallmann no trombone, Gustavo Muller no sax, e Joca Ribeiro no trompete.
— O repertório vai ser um mix de diferentes momentos da minha trajetória artística. Vai ter Nunca Diga, Amigo Punk, Sensores Unilaterais, Se Você Pensa, Os Seus Botões, do Roberto Carlos... É por aí — antecipa o músico.
A noite se encerra com a apresentação instrumental da Pata de Elefante. Gabriel Guedes comenta que ser emotivo, ter uma obra emotiva e visceral, é uma característica comum aos quatro músicos:
— A Pata, mesmo não tendo palavras, evoca as mais variadas emoções. O show vai ser deveras romântico. Vai ter o que a gente sempre toca, que o público curte dos nossos discos já lançados, e vamos tocar inéditas, que a gente já vem mostrando, mas dessa vez aparecerão numa carga maior.
Os ingressos para a noite de shows prevista para começar às 21h30min estão disponíveis na plataforma Sympla, na bilheteria oficial (somente dinheiro) e na loja Planeta Surf Bourbon Wallig (Av. Assis Brasil, 2.611, loja 249, em Porto Alegre).
Os artistas respondem:
"Ser romântico no sul do mundo é... mais filosófico e político do que sentimental, como sugere o sentido mais popular da palavra romantismo, ligado a relações afetivas. Tem muito mais a ver com expressão artística. Para mim, é qualquer peça artística que expressa algum tipo de emoção, de sensibilidade." (Gustavo Kali)
"Ser romântico no sul do mundo é... manter sempre a chama acesa no coração, mesmo na friaca." (Wander Wildner)
"Ser romântico no sul do mundo é... acreditar na vida, entender como é viver nesse pedaço do mundo, o aspecto geográfico mesmo. Tem uma acepção cultural, que transcende o romantismo mais clássico, mais piegas." (Frank Jorge)
"Ser romântico no sul do mundo é... fazer exatamente o que se quer. O cara faz a música que ele quer ouvir, que agrada a si mesmo, é teimoso. Se ele chega num resultado que lhe agrade e isso agradar mais alguém, é lucro. É integridade artística." (Gabriel Guedes | Pata de Elefante)