O Mal que Nos Habita, terror argentino do ano passado, foi lançado nos cinemas brasileiros em fevereiro deste ano, e chegou ao catálogo da Netflix na última semana. A história, assinada por Demián Rugna, chamou atenção de críticos e espectadores ao redor do mundo.
Na trama, Pedro (Ezequiel Rodríguez) e Jimi (Demián Salomón) encontram um homem mutilado perto da sua casa e descobrem que o corpo está possuído pelo diabo e prestes a dar à luz a um demônio. Eles levam o morto em uma caminhonete – contrariando as autoridades, que determinaram que apenas exorcistas experientes lidem com casos como aquele.
No caminho, o corpo cai e se perde, passando a espalhar as forças demoníacas pela cidade. Os habitantes do município rural tentam fugir, mas já é tarde demais. O mal infecta a população como em um apocalipse zumbi. Pedro e Jimi tentam resgatar seus familiares o mais rápido possível.
O final de O Mal que Nos Habita
As últimas cenas do filme deixaram a história em aberto, e diferentes possibilidades foram levantadas sobre o que pode ter acontecido no final. O longa se encaminha para o fim com Pedro e Mirta encontrando o corpo de Uriel na escola. A religiosa defende que é preciso perfurar a nuca do corpo adoecido pelo demônio com uma estaca. No entanto, quando Pedro sai da sala para procurar um machado para acabar com o mal, Mirta é assassinada pelas crianças.
O protagonista chega revoltado ao local, mata Uriel e entende que o demônio foi liberto na forma de um menino, por não ter sido eliminado corretamente. Enquanto isso, Jimi, em casa, encontra o irmão de Uriel escondido, que confessa ter sido o responsável por libertar o homem que foi encontrado morto no início do filme. O jovem conta que matou e comeu sua mãe, por instrução do demônio, e Pedro descobre que seu filho, Jair, fez o mesmo com a avó.
É importante, inclusive, lembrar que em um dado momento do filme, Mirta comenta com Jimi que um demônio pode ter possuído Jair. Ele, no entanto, defende o sobrinho, alegando que ele é autista. Mirta então alerta que, nestes casos, o demônio tem dificuldades em completar a possessão por conta da mente de uma pessoa do espectro autista ser mais complexa, levando um maior tempo para a dominação acontecer.
Pedro matou o próprio filho?
Um dos questionamentos levantados pelos espectadores é que o filme não deixa claro se Pedro chegou mesmo a matar o próprio filho após descobrir que este comeu a sua mãe ou não. Existem alguns detalhes que apoiam ambos os argumento. De qualquer forma, o diretor do filme, Demién Rugna, afirmou que existe uma vontade para criar um novo filme para continuar a história de O Mal que nos Habita. Por enquanto, nada foi confirmado oficialmente, seja pelo criador ou pela produtora.