Um dos eventos artísticos mais importantes do Rio Grande do Sul, a Bienal do Mercosul divulgou o tema da 14ª edição em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (21), no Farol Santander, em Porto Alegre. Com Estalo, a mostra fará um chamado ao despertar para a vida contemporânea e para as grandes transformações que o mundo vem sofrendo. A programação ocorre entre 12 de setembro e 17 de novembro em diferentes espaços culturais da Capital.
Atual presidente da Fundação Bienal do Mercosul, Carmen Ferrão disse que queria uma edição que pudesse fazer contraposição a de 2022, Trauma, Sonho e Fuga, marcada pela tragédia da covid-19. O curador-chefe será Raphael Fonseca, responsável pela arte moderna e contemporânea latino-americana do Denver Art Museum, nos Estados Unidos.
— Falei que deveríamos falar de vida. Esse "estalo" é o mundo em transformação. Todos os dias, somos surpreendidos por assuntos diferentes em diversas partes do mundo — comentou Carmen.
Por videochamada, o curador adjunto Tiago Sant’Ana deu um resumo do perfil dos artistas, a maioria deles de origem latino-americana, como é de praxe na mostra. O número dos participantes e os locais que irão receber as exposições da Bienal, contudo, serão divulgados somente em junho.
— A quantidade de artistas latino-americanos é maciça, mas também teremos artistas asiáticos e artistas indígenas, além de artistas do Rio Grande do Sul de diferentes gerações. E muitos dos artistas dessa Bienal são millennials (nascidos entre 1980 e 1994), que têm a experiência coletiva de transitar pelos séculos — refletiu Sant'ana.
A 14ª Bienal do Mercosul fará terá envolvimento maior com as galerias de arte de Porto Alegre. Com o projeto Portas para a Arte, a intenção é estimular que o público da Bienal também visite os espaços artísticos da cidade para conhecer o trabalho de artistas locais e comprar suas obras.
Para participar, as galerias deverão seguir quatro critérios: realizar no mínimo uma exposição inédita durante o período da Bienal e, de preferência, com artista local ainda em atividade; garantir que a exposição fique em cartaz no espaço por pelo menos 15 dias; realizar um evento de inauguração da exposição com a participação do artista; e manter o espaço aberto de terça a sábado, das 10h às 18h, durante o período da Bienal.