O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou para um grupo de prefeitos de todo o país na manhã desta quinta-feira (14) que o início da vacinação contra o coronavírus vai ocorrer de forma simultânea a partir das 10h da próxima quarta-feira (20).
Pazuello apresentou um cronograma para os integrantes da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e apontou que, se aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as vacinas já começam a chegar aos Estados a partir de segunda-feira (18). Só depois que todos os entes estiverem abastecidos é que o ministério dará a largada para a campanha. Até o início da tarde desta quinta-feira, a pasta não havia confirmado essa informação oficialmente à imprensa"
A Anvisa vem informando que decidirá sobre a autorização para uso emergencial das vacinas de Oxford e CoronaVac no domingo (17), mas Pazuello informou que essa decisão pode ser dada já no sábado (16), de forma a antecipar o envio das doses para todas as capitais do Brasil. Questionada, a Anvisa disse que a decisão está marcada para domingo e que não há chance de antecipar o encontro.
O calendário apresentado pelo ministro a prefeitos inclui um evento no Palácio do Planalto na terça-feira (19) para marcar o início da campanha de vacinação. Um dia depois, na quarta-feira, deve ser iniciada oficialmente a campanha de imunização. No Rio Grande do Sul, entre 200 mil e 300 mil doses devem chegar entre segunda (18) e terça-feira (19). A distribuição ocorre proporcionalmente de acordo com a população em grupo de risco de cada Estado.
- Sábado (16): deve sair autorização de uso emergencial das vacinas CoronaVac e Oxford
- Segunda (18): doses devem chegar aos Estados
- Terça (19): lançamento oficial da vacinação em evento no Palácio do Planalto
- Quarta (20): início da vacinação em todo Brasil, às 10h
Segundo o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, que participou do encontro com o ministro, neste primeiro momento, o plano do governo federal é vacinar todos os idosos acima de 60 anos em asilos, todos os indígenas aldeados acima de 18 anos e 71% dos profissionais da saúde que estão na "linha de frente".
Em entrevista à Globo News, o presidente da FNP, Jonas Donizette, informou que as 2 milhões de doses da vacina de Oxfod/AstraZeneca, produzidas na Índia e requisitadas pela Fiocruz, serão aproveitadas como dose única, já que a segunda parte da imunização pode ocorrer em até três meses. A situação vai dar tempo para que mais doses sejam produzidas e distribuídas para a segunda parte da imunização com essa vacina. Já as 6 milhões de doses da Sinovac (produzidas pelo Butantan) serão aplicadas duas vezes em um intervalo de 21 dias nesta primeira parte da imunização. Por isso, a cada duas doses, uma pessoa será imunizada.
Considerando esse cálculo, o ministro da Saúde informou aos prefeitos que 5 milhões de pessoas serão vacinadas nesse primeiro momento no país.