O governo do Estado deve colocar em operação, até a próxima segunda-feira (11), o novo modelo de distanciamento social no Rio Grande do Sul. O chamado distanciamento social controlado chegou a ser projetado para o dia 1º de maio, e depois para o dia 6, mas a complexidade do formato e o prazo aberto para envio de sugestões acabou estendendo o cronograma.
Até esta quinta-feira (7), os técnicos do governo devem apresentar uma matriz de regras e protocolos para cada atividade econômica e social. O trabalho vai definir, para cada cenário de agravamento da pandemia, as regras de horários de funcionamento, de ocupação dos estabelecimentos e de uso de equipamentos de proteção, entre outras medidas. Na sexta-feira (8), o governador Eduardo Leite deve anunciar, em detalhes, as novas regras.
Em paralelo a isso, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) trabalha para traduzir as novas regras para a linguagem jurídica. Entre sexta (8) e segunda (11), deve ser publicado o novo decreto estadual que determina o distanciamento social controlado.
O novo modelo conta com apoio de setores empresariais, que enxergam no distanciamento social controlado uma alternativa para que as atividades sigam funcionando em meio à pandemia.
Entenda o novo modelo de bandeiras
O modelo permitirá a flexibilização ou endurecimento de regras com base no impacto semanal do coronavírus em cada uma das 20 regiões do Estado. De acordo com a proliferação do vírus e com a ocupação de leitos de UTI, será definida, semanalmente, uma bandeira de risco (amarela, laranja, vermelha e preta) para cada região.
As bandeiras mais claras indicam que a situação está mais controlada e, portanto, que as atividades podem funcionar com menos restrições. Na outra ponta, as bandeiras vermelha e preta indicam aumento da proliferação do coronavírus e menos vagas de UTI disponíveis, prevendo mais restrições. As bandeiras – e, portanto, as regras em cada região – serão atualizadas todos os sábados.
Na última semana, mesmo antes de o novo formato entrar em vigor, o governo fez um teste e analisou a situação de risco nas 20 regiões do Estado. O resultado foi a classificação de duas regiões (Passo Fundo e Lajeado) com a bandeira vermelha de risco.
Outras nove regiões (incluindo Porto Alegre e Caxias do Sul) ficaram um nível abaixo, com risco laranja. Por fim, nove regiões receberam a bandeira amarela, ou seja, menor nível de risco. Nenhuma das 20 regiões recebeu bandeira preta, ou seja, risco iminente de colapso no sistema de saúde.