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Novas definições

Distanciamento controlado no RS: entenda os detalhes do modelo e se prepare para o que vem pela frente

Governo avançou no detalhamento das medidas, que devem entrar em vigor a partir de 6 de maio

Juliana Bublitz

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Nesta quinta-feira (30), o governador Eduardo Leite avançou no detalhamento do novo modelo de combate ao coronavírus no Estado. Chamado de "distanciamento controlado", ou "sustentável", o método tem como objetivo a retomada gradual das atividades econômicas, da forma mais segura possível, com base em uma série de dados. 

A primeira versão da proposta foi apresentada no último dia 21, mas, desde então, passou por modificações, a partir de sugestões recebidas e de aprimoramento técnico. Por exemplo: na apresentação inicial, não estavam estabelecidos os critérios de avaliação nem a divisão das regiões. Agora, isso está definido. 

Ainda há pontos à espera de contribuições da sociedade. A intenção do governo é iniciar a aplicação das medidas a partir do próximo dia 6. A seguir, confira o que está previsto e como se preparar. 

Como vai funcionar

O novo modelo de distanciamento adotado no Rio Grande do Sul envolverá duas dimensões: a regional e a setorial. 

Os dados desses dois segmentos serão cruzados para definir o risco epidemiológico e o nível do distanciamento controlado exigido em cada local e atividade econômica. 

Recorte regional

O mapa do Estado será dividido em 20 regiões (veja os detalhes no mapa abaixo).

Avaliação

As regiões serão avaliadas com base em dois critérios, com pesos iguais: propagação da doença e capacidade de atendimento, com 11 indicadores (como número de novos casos, óbitos e leitos de UTI disponíveis).

Bandeiras

A partir daí, cada região receberá uma bandeira. Haverá quatro cores possíveis: amarela, laranja, vermelha ou preta, conforme o grau de risco de cada lugar.  O governo optou por excluir a bandeira verde, porque nenhuma região, no momento, está livre do coronavírus.

A cor poderá mudar, dependendo da evolução dos indicadores. A intenção é atualizar o resultado ao menos uma vez por semana, a cada sábado.

Veja como seria o mapa hoje, segundo o governo, e o que significa cada cor:

As regiões 

Embora existam 30 regiões de Saúde no Estado, o governo optou por unificar algumas delas, nos casos em que a região não tinha hospital de referência com UTI. Entenda como será a divisão, delimitada no mapa acima:

  • Regiões 1 e 2 - Centro-Oeste. Município mais populoso: Santa Maria
  • Região 3 - Centro-Oeste. Município mais populoso: Uruguaiana
  • Regiões 4 e 5 - Metropolitana. Município mais populoso: Capão da Canoa
  • Região 6 - Metropolitana. Município mais populoso: Taquara
  • Região 7 - Metropolitana. Município mais populoso: Novo Hamburgo 
  • Região 8 - Metropolitana. Município mais populoso: Canoas
  • Regiões 9 e 10 - Metropolitana. Município mais populoso: Porto Alegre
  • Região 11 - Missioneira. Município mais populoso: Santo  Ângelo
  • Região 12 - Missioneira. Município mais populoso: Cruz Alta
  • Região 13 - Missioneira. Município mais populoso: Ijuí
  • Região 14 - Missioneira. Município mais populoso: Santa Rosa
  • Regiões 15 e 20 - Norte. Município mais populoso: Palmeira das Missões 
  • Região 16 - Norte. Município mais populoso: Erechim
  • Regiões 17, 18 e 19 - Norte. Município mais populoso: Passo Fundo
  • Região 21 - Sul. Município mais populoso: Pelotas 
  • Região 22 - Sul. Município mais populoso: Bagé
  • Região 23, 24, 25 e 26 - Serra. Município mais populoso: Caxias do Sul
  • Região 27 - Vales. Município mais populoso: Cachoeira do Sul
  • Região 28 - Vales. Município mais populoso: Santa Cruz do Sul
  • Regiões 29 e 30 - Vales. Município mais populoso: Lajeado

Confira em que região está o seu município e qual seria a bandeira hoje:

Recorte setorial

Definida a cor de cada região, essa classificação servirá para nortear as regras que serão adotadas para as atividades econômicas locais, divididas em 12 grupos, com 50 atividades identificadas:

  1. Agricultura
  2. Indústria da Construção
  3. Transporte
  4. Serviços financeiros, imobiliários, etc
  5. Educação privada
  6. Indústria de transformação e extrativista
  7. Comércio
  8. Alojamento e alimentação
  9. Administração pública
  10. Artes, cultura, esporte e lazer
  11. Serviços domésticos
  12. Outros serviços

Com base na bandeira da região e nas especificidades de cada setor, serão definidos critérios de funcionamento e protocolos de prevenção.

Critérios de funcionamento

O governo prevê quatro critérios:

  1. Operação — dirá se a atividade irá funcionar ou não
  2. Modo de operação — definirá se irá operar de forma normal ou com restrição
  3. Horário — indicará o horário de funcionamento
  4. Teto de ocupação — estabelecerá o número máximo de funcionários que poderão trabalhar na atividade de forma presencial

Protocolos de prevenção

O governo prevê ao menos 11 protocolos, que serão guias de como cada setor e atividade deverão agir. Eles protocolos deverão envolver:

  1. Uso obrigatório de máscara
  2. Higienização de ambientes e kits de higiene 
  3. Informativo visível ao público e a colaboradores
  4. Cuidados no atendimento ao público
  5. Tratamento diferencial de grupos de risco
  6. Distanciamento entre pessoas
  7. Equipamentos de proteção individual recomendados e obrigatórios conforme o setor
  8. Afastamento de colaboradores dos grupos de risco
  9. Afastamento por 14 dias de casos positivos
  10. Monitoramento de temperatura corporal dos colaboradores
  11. Restrições específicas à atividade

Próximos passos

O governo pediu aos integrantes do Conselho de Crise (empresários, representantes de universidades, hospitais e entidades, chefes de outros poderes) para que enviem sugestões até 2 de maio, a respeito dos protocolos. A ideia é definir os últimos detalhes no dia 5 e iniciar a aplicação a partir de 6 de maio.



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