Enquanto os desfiles das escolas de samba cariocas encantam o mundo, os blocos carregam milhões de pessoas em outros lugares do Rio de Janeiro. São mais de 450 cortejos animando as ruas, com entrada franca — basta se juntar aos grupos e curtir a festa.
A programação se espalha por diversas regiões, mas alguns pontos são preferidos por vários blocos. É o caso da Zona Sul, com 98, e do Centro, com 128. Jacarepaguá, Grande Bangu, Zona Oeste e Grande Tijuca estão entre os lugares que completam a lista. Opções não faltam. Muitos, inclusive, contarão com pontos de hidratação oferecidos pelo poder público.
Já na Marquês de Sapucaí, os ingressos partem de cerca de R$ 600 nos setores mais baratos, para ver o Grupo Especial, que reúne as escolas maiores e mais tradicionais. Nos pontos mais valorizados, o ingresso de arquibancada fica perto de R$ 1,2 mil. Outros locais, como frisas (a céu aberto ou cobertas) e camarotes ultrapassam facilmente os R$ 4 mil. Todos os preços são por uma noite.
Já para o Desfile das Campeãs, na semana seguinte, os valores chegam a cair pela metade. Para a diretora da SA Viagens, Samanta Barth, esta é uma boa pedida.
— O Carnaval, se não tem antecedência de uns seis meses, acaba saindo por um valor muito mais alto. Se a pessoa só quer assistir a um belo espetáculo, vá assistir ao desfile das campeãs — sugere.
Para dar uma dimensão, ela fez uma cotação no começo de janeiro. Passagens aéreas para uma pessoa, com saída de Porto Alegre no dia 9 de fevereiro e retorno no dia 12, saíam por cerca de R$ 3 mil. Uma semana depois, despencavam para R$ 1,2 mil.
— Encarece muito, mas ainda tem uma grande procura. Inclusive, o pessoal do Sul quer muito desfilar na Sapucaí. Tem turmas que, no meio do ano, já começam a providenciar as fantasias e comprar passagens — conta Samanta.
Se o planejamento para desfilar ao som da bateria das escolas é grande, ainda há tempo para curtir o Carnaval em todas as suas nuances. Isso significa ir muito além do sambódromo. Afinal de contas, é o Rio de Janeiro, pródigo em atrações naturais, arquitetônicas e culturais.
Turistando na festa
O clima da festa toma conta do Rio de Janeiro. Uma das cidades mais turísticas do mundo fica lotada, causando filas, mas nada que impeça de se conhecer ou curtir lugares diferenciados. Confira algumas dicas.
Sábado, 10/02
Passeio pela região central, passando por lugares como Biblioteca Nacional, Confeitaria Colombo e Teatro Municipal. Dali, é prático ir até a zona portuária, que passou por uma revitalização nos últimos anos e tem atrações como o Museu do Amanhã, o AquaRio (maior aquário marinho da América do Sul) e a roda gigante, com ingressos que custam R$ 59,90 para adultos e R$ 39,90 para crianças.
Domingo, 11/02
Dois clássicos: Cristo Redentor e Pão de Açúcar. É indicado fazer nessa ordem e aproveitar para almoçar em meio aos passeios, com boas opções de gastronomia. Haverá filas, mas vale a pena.
Segunda, 12/02
Uma saída rápida da Cidade Maravilhosa para conhecer a região serrana. A histórica Petrópolis fica a cerca de 70 quilômetros da capital e guarda recordações preciosas do período colonial do Brasil. Depois de mergulhar na história, a cidade oferece um sem-fim de lojas de confecções que atendem tanto ao público geral quanto a lojistas de todo o país.
Terça, 13/02
Voltando ao Rio de Janeiro, mas sem sair da história do período colonial, vale a visita ao Parque Lage. O local abrigou um engenho de açúcar e hoje é tombado como patrimônio histórico e paisagístico.
O Parque Lage está localizado no Parque Nacional da Tijuca, que também vale a pena conhecer. O local oferece dezenas de atrações para os visitantes, que vão de cachoeiras a trilhas e voos de asa-delta.
E, finalmente, para coroar o dia e o feriado, uma boa opção é fazer um passeio pelo Jardim Botânico, que fica perto do trajeto. Trata-se de um dos maiores parques da América Latina. O lugar abriga cerca de 6,5 mil espécies em seus 54 hectares.