Rodrigo Militão era um estudante de Comércio Exterior, morador do pequeno município de Panambi, no Noroeste do Estado, quando começou a viajar com frequência. A primeira experiência internacional foi a trabalho, em 2005, para um lugar que fica bem pertinho: Montevidéu, no Uruguai. Nem ele imaginaria que os pouco mais de 900 quilômetros percorridos até o país vizinho não seria nada comparado ao que ainda viria.
Ele já passou por 154 países e territórios e traça a meta de conhecer os 193 países do mundo até o fim da década. Seria, assim, o primeiro brasileiro a alcançar o feito.
A história de aventuras do gaúcho (e gremista, como mostram as várias fotos dele como a camisa do clube) começou quando trabalhava em uma multinacional na sua cidade natal. Ele atuava no setor de exportação e a função o fez conhecer da gigante e populosa China às maravilhosas praias do Caribe. À época, com menos de 30 anos, Rodrigo já havia visitado mais países do que a maioria de nós jamais conhecerá. Mas ele ainda não estava satisfeito.
– Você vai viajando e isso vai se tornando um vício – afirma ele.
Publicado por Rodrigo Militão em Segunda, 2 de novembro de 2015
Mais de 24 horas de viagem desde Roma até Barcelona, atravessando boa parte da Itália e toda a França, Cannes,...
Convidado pela mesma empresa para morar e trabalhar em Porto Alegre, aceitou o desafio e viveu por dois anos na movimentada Avenida Assis Brasil. Na verdade, pouco ficou na Capital gaúcha. Continuava com as viagens pelo mundo. Aproveitava o deslocamento forçado pela atividade para fazer escalas em locais que sonhava conhecer.
Veja oito razões para viajar de moto
O grande cacique fazedor de chuva: uma aventura de 36 mil quilômetros sobre duas rodas
Em 2007, topou mudar-se para Araranguá, no Sul de Santa Catarina, para trabalhar em uma outra empresa que lhe permitiria fazer ainda mais viagens. Porém, foi nesse período que amadureceu a ideia de ter seu próprio negócio: uma consultoria em que intermedia negociações com empresas estrangeiras. A grana era boa. Deu para juntar e mergulhar ainda mais fundo no sonho.
O ano passado foi marcante: Rodrigo fez sua maior viagem até agora. Foram quase oito meses, entre abril e dezembro, para rodar mais de 80 mil quilômetros e conhecer 286 cidades diferentes. Ele gastou aproximadamente R$ 100 mil e diz que a desvalorização do real encareceu bastante a viagem.
Publicado por Rodrigo Militão em Quarta, 21 de outubro de 2015
TEMPLO DE APOLO NA GRÉCIA - APOLO TEMPLE IN GREECE
Durante o trajeto, foi aos 50 países da Europa reconhecidos pela ONU, mais alguns territórios que não são independentes – como o País Basco, localizado no Norte da Espanha, e os países que compõe o Reino Unido. Viajou também ao Oriente Médio, passando por Irã e Síria, onde teve sua pior experiência: quase foi sequestrado por um integrante do Estado Islâmico:
– Quando estava indo do Irã para a Síria tinha um integrante do Estado Islâmico sentado na minha frente. Ele queria me persuadir a desembarcar do ônibus em uma cidade anterior a que eu desceria. Mas algumas pessoas me alertaram e, quando chegou na cidade dele, o rapaz tentou me tirar do ônibus, me puxar à força. Mas alguns curdos e o motorista me defenderam.
Quanto aos meios de transporte que utilizou para passar por todos esses lugares, nenhum foi via aérea. Ou seja, Rodrigo andou de navio, barco, ônibus, trem, carro e até mesmo precisou de carona em caminhão, mas nada de avião.
– Fiz um mochilão. A intenção era essa mesmo.
Publicado por Rodrigo Militão em Quinta, 8 de outubro de 2015
Bom dia! Good MorningBellow Zero in Bulgaria - Abaixo de Zero na Bulgária
O repouso não tinha hora. Na maioria das vezes ele dormia em hostels, mas precisou passar noites em carros, navios e outros veículos de transporte. Uma vez chegou a dormir na rua.
– Em Santander, no Norte da Espanha, eles fecham a rodoviária. Como estava tarde para conseguir hotel ou algo assim, dormi na rua.
Você pode viajar nos aviões da Força Aérea sem pagar nada. Saiba como
Ponte circular no Uruguai faz com que motoristas reduzam a velocidade e apreciem a paisagem
Poliglota, o gaúcho de 35 anos fala italiano e espanhol fluentes, além de português e inglês – idioma que ele dá aulas, inclusive. Rodrigo também garante "se virar" no francês e ter aprendido alguma coisa em turco e russo.
Publicado por Rodrigo Militão em Terça, 19 de janeiro de 2016
Que verde espetacular!Gracias papi#
A próxima aventura ele planeja para o fim do ano. A intenção é passar por todos os países do continente americano, começando no extremo sul da Argentina, em Ushuaia, até o norte canadense. De lá quer ir para a Islândia, passar rapidamente pela Europa, e descer pela costa africana. Tudo isso, mais uma vez, sem pegar avião. Estima que essa viagem dure um ano e três meses e custe mais de R$ 100 mil. Por isso, busca patrocinadores.
– Da última vez vendi um terreno que tinha aqui em Santa Catarina porque não tive patrocínio de ninguém. Vi que outros viajantes têm e estou em busca também – disse.
A família de Rodrigo ainda vive no Rio Grande do Sul e ele optou por não casar nem ter filhos. Neste momento está escrevendo um livro, que deve ser lançado ainda em 2016, para contar as experiências das viagens.
Conhecer o mundo, ele diz, é seu principal objetivo de vida:
– Eu já gostava muito de interagir com formas diferentes de encarar a vida. Tudo isso vai te fascinando. E quanto mais eu viajo, quero cada vez mais.
Publicado por Rodrigo Militão em Domingo, 31 de janeiro de 2016
Continente Europeu em "20 clicks"=D <3 =D
Leia outras notícias do dia
Curta nossa página no Facebook
* Diário Gaúcho