Depois de festas e aglomerações na beira da praia durante o réveillon, a primeira noite de 2021 em Capão da Canoa, no Litoral Norte, registrou grande movimentação de turistas em bares e restaurantes da área central da cidade.
Por volta das 23h, dezenas de pessoas aguardavam atendimento em quiosques de crepe suíço e cachorro-quente localizados na praça Dr. José Agostinelli, também conhecida como a Praça do Camelódromo. A máscara era item raro no rosto e, quando presente, normalmente era utilizada de maneira incorreta — no queixo ou com o nariz de fora. Alguns estabelecimentos só aceitavam atender clientes que utilizassem o equipamento de proteção.
Ainda na mesma praça, um grupo que começou com cinco pessoas com um violão e um cajon foi ganhando outras vozes. Por volta das 23h30min, cerca de 20 pessoas já formavam uma roda em torno dos músicos. Ninguém usava máscara.
Já nos restaurantes localizados na continuidade da mesma rua em direção à praia, o som da apresentação de três cantores diferentes se misturava ao burburinho dos frequentadores dos estabelecimentos. Nesses locais, não eram observadas as medidas de contenção da propagação do coronavírus. Era possível ver mesas com mais de dez ocupantes e sem nenhum distanciamento.
A atendente de supermercado Barbara de Jesus Ribeiro mora em Capão da Canoa há 17 anos. Junto com a irmã e a prima, ficou mais de uma hora na fila do cachorro-quente.
— Nesse ano tá muito mais lotado. Acho que as pessoas não foram para as praias mais distantes e vieram todas para cá — opinou.
A reportagem de GZH esteve ainda no centrinho de Atlântida, em Xangri-lá. Na Praça Central, às 21h30min, o movimento era baixo. Uma viatura da Brigada Militar estava estacionada no local.