A poucas semanas do Natal e do Ano-Novo, quando milhares de gaúchos devem ir de mala e cuia para a praia, GaúchaZH pegou a estrada, ou melhor, as estradas, para ver como estão os caminhos que levam ao Litoral Norte.
Durante três dias (26, 27 e 28 de novembro), repórteres, fotógrafos e motoristas percorreram 1,4 mil quilômetros de oito rodovias (ida e volta) para antecipar o que os motoristas terão de enfrentar para chegar ao seu lugar ao sol. Nesta parte da série, veja como estão as condições da BR-101 em cinco quesitos: pavimentação, geometria, sinalização, limpeza e serviços.
Pavimentação
O principal problema da rodovia são os descasques do asfalto. Há trechos de mais de 500 metros seguidos de deformações na pista por desgaste. Quem sai da freeway e ingressa na 101 depara com mais de 160 buracos do km 88 ao 84, ainda em Osório. O problema segue até Torres, incluindo as duas pistas em cada sentido, viadutos e acostamento, provocando trepidação no veículo quando não é possível desviar, com raros trechos sem desnivelamento. Onde os buracos estão tapados, os remendos causam desnível e também prejudicam o tráfego.
Geometria
Desde a duplicação da rodovia, concluída em 2011, as condições de tráfego são adequadas. O acostamento está ruim em alguns trechos, com buracos e vegetação. No km 32, sentido RS-SC, um buraco profundo e oco oferece risco aos motoristas.
Sinalização
Há alguns trechos em que a pintura das pistas está apagada e outras em que a faixa antiga está aparecendo por conta dos descasques do asfalto. Há, ainda, placas quebradas e poucas placas indicativas de km ao longo da rodovia.
Limpeza
Não há acúmulo de lixo nas margens e a vegetação está aparente em alguns trechos. A reportagem encontrou uma equipe fazendo roçada no km 52.
Serviços
Não há serviços de guincho e atendimento médico na rodovia, sendo necessário usar serviço particular ou ambulâncias dos municípios. A PRF estuda destacar policiais especializados em primeiros socorros para reforçar as equipes do litoral durante o verão.
CONTRAPONTO
O que diz o superintendente do Dnit-RS, Allan Magalhães Machado
"Serviços de manutenção rotineira, roçada e limpeza de pista têm sido feitos. Neste ano, foram investidos cerca de R$ 5 milhões na rodovia. Existem problemas pontuais de descascamento, que estão sendo tratados pela empresa responsável pela manutenção. São defeitos superficiais, não estruturais, nos quais estamos trabalhando para resolver. A sinalização está bem atendida. Qualquer problema que surge é tratado de acordo com a necessidade. Temos fiscais que vistoriam periodicamente a rodovia. Como em qualquer outra rodovia sob responsabilidade do Dnit no país, não são disponibilizados serviços de guincho e socorro médico. Somente vias concedidas têm esses atendimentos."