A poucas semanas do Natal e do Ano-Novo, quando milhares de gaúchos devem ir de mala e cuia para a praia, GaúchaZH pegou a estrada, ou melhor, as estradas, para ver como estão os caminhos que levam ao Litoral Norte.
Durante três dias (26, 27 e 28 de novembro), repórteres, fotógrafos e motoristas percorreram 1,4 mil quilômetros de oito rodovias (ida e volta) para antecipar o que os motoristas terão de enfrentar para chegar ao seu lugar ao sol. Nesta parte da série, veja como estão as condições da RS-040 em cinco quesitos: pavimentação, geometria, sinalização, limpeza e serviços.
Pavimentação
O asfalto da pista principal da RS-040 está em condições que não comprometem o tráfego de veículos, apesar de trechos descascados ao longo da sua extensão. O maior problema está no pavimento das faixas adicionais, em Viamão, e em praticamente todo o acostamento. Em Capivari do Sul, por exemplo, chega a ter pequenos degraus entre a pista e o acostamento. No distrito de Águas Claras, em Viamão, buracos acumulavam água da chuva havia dois dias na saída da pista principal para o acesso ao comércio. Durante a passagem pela rodovia, GaúchaZH encontrou funcionários de uma terceirizada da EGR recuperando o pavimento.
Geometria
No sentido Capital-Litoral, cones de sinalização e máquinas obrigam os motoristas a reduzirem a velocidade. Mas o problema maior é no sentido inverso, Litoral-Capital, onde o motorista é obrigado a fazer um desvio de 1,5 quilômetro por dentro de Viamão. O início do trecho tem pavimentação ruim. Além disso, a via é estreita, com aclives e declives e semáforos. A sinalização é confusa no trecho. Os primeiros 12 quilômetros, na Região Metropolitana, contam com faixas adicionais nos dois lados da via. Reportagem de GaúchaZH flagrou caminhões, que deveriam trafegar pelas pistas centrais, utilizando a faixa exclusiva para veículos leves e ônibus. Essas faixas, entre os quilômetros 12 e 26, também apresentam imperfeições e elevações no asfalto que fazem motoristas desviarem para a pista central. Também há trechos sem acostamento. A ultrapassagem pela pista da direita por veículos leves e ônibus é outra reclamação por parte de quem utiliza a via.
Sinalização
O principal ponto positivo da rodovia é a sinalização. Tanto a vertical (placas) quanto a horizontal (pintura do asfalto e tachões, por exemplo) estão em boas condições. O que falta é um número maior de placas com a indicação do km da rodovia em que o motorista está.
Limpeza
Há acúmulo de lixo em recuos de paradas de ônibus e para parada de veículos. Lixeiras que deveriam receber apenas o descarte dos motoristas transbordam de sacolas cheias de resíduos domiciliares e restos de obra. Quanto à vegetação às margens da rodovia, o serviço está em dia. Nenhum trecho tinha galhos invadindo a via ou mesmo tapando placas de sinalização. Durante a passagem pela rodovia, GaúchaZH encontrou funcionários de uma terceirizada da EGR recolhendo um animal morto que estava às margens da via. A equipe informou que trafegava toda a extensão da estrada para fazer o serviço diariamente.
Serviços
Em relação ao serviço de guincho, o motorista precisa ligar para o telefone 198 do Comando Rodoviário da Brigada Militar. Mas, segundo a EGR, apesar de fazer parte do sistema do Detran, o serviço é custeado pela empresa. Em caso de necessidade de atendimento de emergência, a rodovia conta com duas ambulâncias. Uma fica em Viamão e a outra, em Capivari do Sul.
CONTRAPONTO
O que diz o diretor-presidente da EGR, Nelson Lidio Nunes, e a assessoria de imprensa
"Haverá algum transtorno aos motoristas em direção ao litoral em razão das obras do viaduto, levando a uma redução da velocidade, mas, em compensação, não vai haver nenhum estrangulamento ali, porque os semáforos foram eliminados. Além disso, o desvio está adequado e há equipes de forma permanente no local. Sobre a sinalização, houve reforço na pintura do asfalto e na manutenção das placas. Em relação ao pavimento, há contrato em vigor para recuperação permanente da via e a empresa contratada tem 24 horas para resolver problemas excepcionais. No verão, o trabalho será intensificado. Quanto ao recolhimento do lixo jogado às margens da rodovia, a responsabilidade é das prefeituras. Sobre a reclamação de risco de ultrapassagem pela direita em Viamão, o acostamento do km 12 ao km 26 foi liberado como faixa adicional para dar mais fluidez ao tráfego. Optou-se por preservar esta faixa adicional do peso excessivo de veículos de carga, o que vem funcionando de forma satisfatória em relação à durabilidade, à redução de acidentes e ao aumento de capacidade do tráfego local, onde anteriormente registravam-se filas. A sinalização existente orienta o tráfego, com a proibição de caminhões e limite de 70 km/h na faixa adicional."