A poucas semanas do Natal e do Ano-Novo, quando milhares de gaúchos devem ir de mala e cuia para a praia, GaúchaZH pegou a estrada, ou melhor, as estradas, para ver como estão os caminhos que levam ao Litoral Norte.
Durante três dias (26, 27 e 28 de novembro), repórteres, fotógrafos e motoristas percorreram 1,4 mil quilômetros de oito rodovias (ida e volta) para antecipar o que os motoristas terão de enfrentar para chegar ao seu lugar ao sol. Nesta parte da série, veja como estão as condições da Rota do Sol em cinco quesitos: pavimentação, geometria, sinalização, limpeza e serviços.
Pavimentação
A Rota do Sol passou por recuperação em 89 quilômetros entre 2014 e 2017. As obras ocorreram entre Caxias do Sul (km 147) e a localidade de Tainhas (km 236), em São Francisco de Paula. Neste trecho, o pavimento apresenta boas condições, com raros pontos com ondulações entre os kms 230 e 232. As obras não contemplaram o trecho entre os kms 236 e 242, em Tainhas, que apresentam muitas irregularidades e alguns buracos. A partir do km 242, em Tainhas, até o acesso à praia de Curumim, o asfalto tem poucas falhas e buracos pequenos em pouca quantidade. Atenção para depressão no km 15 da RS-486 (trecho final da Rota do Sol).
Geometria
Com pista simples em toda a extensão, a rodovia tem aclives e declives nos Campos de Cima da Serra. Nos mais íngremes, há terceiras faixas para facilitar o fluxo. Há diversos pontos de ultrapassagem, mas a manobra exige atenção porque são trechos curtos. A descida da Serra precisa ser realizada em baixa velocidade porque o trecho tem curvas fechadas em declive. Na pista de subida, há terceira faixa. O segmento litorâneo da estrada é plano em praticamente toda a extensão.
Sinalização
Nos 89 quilômetros recuperados, a sinalização está em boas condições. A pintura na pista é presente em toda a extensão e poucas placas estão danificadas ou cobertas pela vegetação. Entre os kms 202 e 236, faltam as taxas (tartarugas) reflexivas para complementar a sinalização horizontal. A sinalização é praticamente inexistente, sem pintura e com placas desgastadas, no trecho mais crítico, entre os kms 236 e 242. A partir do km 242 há algumas placas antigas e defeituosas, mas não chega a comprometer a viagem. A sinalização horizontal também está presente.
Limpeza
Ao longo de toda a Rota do Sol nota-se uma pequena quantidade de lixo apenas na região de Itati, entre a descida da Serra o entroncamento com a BR-101. Nos demais segmentos, há pontos com vegetação um pouco mais alta entre Caxias do Sul e Tainhas, que encobre poucas placas e não prejudica a visibilidade do motorista.
Serviços
A Rota do Sol não tem pedágio, por isso não conta com serviço próprio de guincho ou de socorro a feridos. O policiamento é realizado pelos pelotões rodoviários de Farroupilha, Gramado e Torres, todos muito distantes da rodovia. Como a estrada corta áreas de proteção ambiental, um acordo entre o Daer e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) prevê a construção de um pelotão rodoviário em Tainhas e um posto avançado em Terra de Areia. As obras já foram licitadas, mas ainda não começaram. A cobertura de celular na rodovia também é deficiente.
CONTRAPONTO
O que diz a assessoria do Daer
O trecho entre os kms 236 e 242 vai passar por obras assim que o fornecimento de material asfáltico for normalizado e que o pavimento deve ser totalmente recuperado, no futuro, pelo Contrato de Restauração de Manutenção de Rodovias (Crema) Bento Gonçalves-Osório, que ainda não foi lançado.
Com relação ao grupo rodoviário, o Daer diz que o projeto foi finalizado e encaminhado para a Central de Licitações, mas retornou para passar por ajustes.