Inspirado no Cristo Protetor de Encantado, o empresário Robison Gonzatti decidiu estabelecer um parque com um rosário gigante em um terreno de 100 mil metros quadrados no interior de Muçum, no Vale do Taquari.
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Serão 59 capelas redondas, de seis metros de altura por cinco de diâmetro, no formato das contas de um rosário – cada uma em homenagem a uma Nossa Senhora. Entre os exemplos citados, são os de pequenas capelas das Nossas Senhoras de Aparecida, Fátima, Lourdes, Guadalupe e Caravaggio. O parque prevê praça de alimentação, lago e estacionamento.
— Queremos trazer o turista da Serra para cá. Há capacidade de retorno de investimento, a gente vê o que acontece em Encantado. Falta infraestrutura para asfalto, restaurantes e hotéis, mas isso vem com o tempo. O turismo religioso é para o ano todo. Uma rota da espiritualidade é bacana, esta região é de colonização italiana, um povo que desbravou a terra com muito trabalho e fé — diz o empresário.
A ideia está em fase de conclusão do projeto executivo, e a previsão é de começar em setembro as obras de terraplanagem. O investimento projetado é de R$ 30 milhões, oriundos de investimento privado. A inauguração está planejada para o segundo semestre do ano que vem.
Movimento já antes de iniciar a obra
Prefeito de Muçum, Mateus Trojan (MDB) destaca que a cidade já recebe procura de cinco empreendedores em hospedagem e alimentação que cogitam abrir negócios por conta da obra.
— O rosário é o tipo de empreendimento que é sonho de todo prefeito: um investimento que vem da iniciativa privada e de uma empresa consolidada que vai pagar impostos, o que gera retorno direto e indireto ao município, que vai fazer a terraplanagem e a ligação de água e luz, além de pavimentar o acesso. É um empreendimento interessante que casa com outros monumentos da região — diz o prefeito.
A expectativa de quem trabalha com público é alta. Para Lorraine Marchetti, dona de um restaurante localizado na praça principal da cidade, novos clientes podem chegar a Muçum com a criação de um novo roteiro.
— Já tenho, hoje, clientes que vêm do Cristo de Encantado e passam por aqui para ir ao Viaduto 13. Nesse fim de semana, teve feriadão e eu servi almoço até seis da tarde — diz a empreendedora.
Para Pedro Zilio, proprietário de uma confeitaria de Muçum, a atração poderá ser benéfica.
— É um bom investimento, pode trazer muito turista. A pessoa que vai para o viaduto 13, para o Cristo de Encantado e para o rosário vai ter que parar para almoçar ou fazer um lanche. Vai querer aqui. O pessoal está cansado de ir pra Serra, querem mais opções de turismo — diz.
