Uma americana que sofreu aborto após ser baleada na barriga foi detida pela justiça do Alabama acusada de matar o feto.
Defensores do direito ao aborto imediatamente apoiaram a jovem, destacando que seu caso é um símbolo da atual campanha contra o aborto naquele estado conservador e religioso do sul dos Estados Unidos.
"Marshae Jones foi acusada de homicídio involuntário por perder uma gravidez após receber cinco tiros na barriga. Sua agressora segue em liberdade. Vamos tirá-la da prisão e daremos assistência legal", postou no Twitter a organização YellowFund, que dá suporte para mulheres fazerem aborto.
A jovem de 27 anos foi atacada por outra mulher durante uma briga em dezembro.
— A única vítima verdadeira foi o bebê por não nascer — declarou o chefe da polícia local, Danny Reid, segundo o portal de notícias AL.com. — Foi a mãe do bebê que iniciou e continua a briga que resultou na morte do feto — acrescentou.
A autora dos disparos foi inicialmente acusada por um grande juri, que logo em seguida retirou as acusações contra ela e acusou Marshae Jones, detida na quarta-feira (27).
O Alabama aprovou em maio uma lei que proíbe o aborto, inclusive em casos de estupro e incesto, e equipara a interrupção da gravidez ao homicídio.