Do pioneiro 147 ao Fastback, a história da fábrica mineira é marcada pela inovação, ousadia e o lançamento de veículos que avançaram no mercado. No período, o complexo Fiat, a partir de janeiro de 2021 Stellantis, produziu mais de 17,5 milhões de veículos. Com investimentos de R$ 14 bilhões até 2030, fabricará ainda neste ano sistemas propulsores híbridos.
Inaugurado em 1976, o complexo mineiro é uma das maiores plantas da Stellantis no mundo. Pioneira no processo de descentralização da indústria automotiva no país, sua história começou em 1973 com a assinatura do acordo para construção da filial brasileira da Fiat assinado pelo presidente do grupo italiano, Giovanni Agnelli e pelo então governador de Minas Gerais, Rondon Pacheco.
Em evolução constante na cadeia de produção de um veículo, pelos 2,2 milhões de metros quadrados do Polo de Betim, dos quais mais de 900 mil metros quadrados de área construída, além da Fiat, atuam 120 fornecedores. Os 16 mil colaboradores representam mais da metade da força de trabalho do grupo na América do Sul.
Evolução e produtos
Dos 17,5 milhões de veículos produzidos na planta mineira, quatro milhões foram exportados para 37 países. Atualmente são fabricados seis modelos da Fiat - Strada, Argo, Mobi, Pulse, Fastback e Fiorino, além do Peugeot Partner Rapid.
O Polo de Betim também é o maior centro de produção de motores com a montagem dos propulsores Fire, Firefly, além das famílias GSE Turbo. Ainda neste ano, produzirá a nova linha de motores que equiparão futuros lançamentos da Stellantis na região, incluindo os veículos equipados com a tecnologia Bio-Hybrid. Os primeiros modelos com essa tecnologia chegarão até o fim deste ano.
O Polo Automotivo Stellantis de Betim realiza todas as fases de desenvolvimento de novos veículos. Com mais de dois mil engenheiros, designers e técnicos tem áreas estratégicas como o Tech Center Stellantis, que reúne mais de 60 laboratórios, fundamental no processo de criação de um veículo.
O Tech Center é formado pelo Safety Center, Virtual Center e Developmente Center. O primeiro é um centro de testes de colisão, certificações legais e performance em segurança veicular. São 7.600 metros quadrados e pista de 130 metros, com capacidade de realização de testes de impacto de até quatro toneladas.
O Development Center com 450 postos de trabalho e completa infraestrutura de apoio, avalia as ideias, desenhos e conceitos técnicos e a viabilidade econômica e de manufatura.
Já o Virtual Center e seus laboratórios fazem as validações virtuais do projeto à medida que avança, para que a evolução seja consistente. A Manufatura desenvolve os ferramentais e se prepara para a industrialização e futura produção do novo veículo.
A Fiat fechou junho com 42 meses na liderança do mercado brasileiro. Foram 38.293 unidades e participação de 18,97%, quase nove mil unidades à frente da segunda colocada, a Volkswagen. A montadora de Betim (MG) colocou três entre os dez carros mais vendidos e também foi a líder dos segmentos de hatchs, picapes e vans.
No semestre, a montadora de Betim registrou 220.689 veículos, o que garantiu a liderança com a participação de 20,49%. Ficou mais de 50 mil unidades a frente da segunda colocada, a Volkswagen com 167.639 registros e 15,57%.