A Scania lança novo caminhão a gás e avança no transporte sustentável no Brasil. As potências de 420 cv e 460 cv atendem as necessidades de composições maiores dentro e fora de estrada. A Scania aproveita a Agrishow 2024, que se encerra nesta sexta-feira (3), em Ribeirão Preto (SP), para a apresentar as duas novas configurações e a sua gama de veículos a gás.
Os modelos novos caminhões atendem configurados nas trações 4x2, 6x2 e o 460 também na estreante 6x4. Na 4x2 seguem as aplicações mais tradicionais do transporte. A 6x2 transporta cargas com capacidade para 30 pallets e leva carretas quatro eixos.
A solução aplicada nas novas configurações está sendo chamando popularmente de “conceito mochilão -, explica o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Scania Operações Comerciais Brasil, Marcelo Gallao.
Os dois cilindros acrescentados ao GH 460 cv a gás garante a autonomia de até 650 quilômetros pelos corredores azuis até postos localizados estrategicamente para o reabastecimento e que ligam o litoral Sul ao Nordeste.
Para o executivo da Scania, o avanço é substancial para mais uma etapa do desenvolvimento da matriz energética a gás no país.
- Essa autonomia nos permite atender as demandas do Agro - destaca o executivo da Scania.
A configuração 6x2, nas carretas de quatro eixos e bitrem de sete eixos atende o transporte de cana, soja, milho e outros. A versão 6x4, com mais potência e força (torque) poderá tracionar composições de nove eixos para rodotrens.
- As soluções a gás e biometano têm enorme potencial na cadeia sucroalcooleira e do agronegócio. Com isso, os clientes vão poder utilizar nossa solução em novos fretes e operações – garante Gallao.
Novas configurações
Os novos GH 420 e GH 460 complementam a gama X-gas da Scania. O GH 420 cavalos tem cabine alta Highline e configurações 4x2 e 6x2. O motor de 13 litros desenvolve força (torque) de 214,14 kgfm. O entre-eixos é de 3,600 metros e capacidade de gás de 300 metros cúbicos.
O GH 460 cv tem cabine alta Highline e pode ser configurado nas versões 4x2, 6x2 e 6x4. O motor de 13 litros gera força (torque) de 234,53 kgfm. O entre eixos reduzido de 3,600 metros permite o acoplamento a semirreboques de até 15,40 m, as chamadas “carretas 30-pallets”. O aumento da capacidade de gás é de até 300 metros cúbicos.
Os novos modelos a gás, de 420 e 460 cavalos, e os já disponíveis 280 e 340cv, são equipados com a caixa de câmbio Opticruise G25CM, a mesma utilizada no Scania Super. Mais compacta e 75 quilos mais leve em relação a anterior, a economia é de 2%.
O freio auxiliar hidráulico Scania Retarder pode ser integrado à G25 e oferece 479,27 kgfm de força (torque) máxima de frenagem e potência máxima de 500kW.
Gama Scania a gás
O P 280 cv pode ser configurado nas versões 4x2, 6x2 e 6x4, no chassi rígido ou plataforma. O motor de nove litros tem força máxima de 137,66 kgfm. Os entre eixos são de 3,750 metros a 6,350 m, com capacidade de volume de gás de 182 ou 226 metros cúbicos. A autonomia fica entre 400 km e 500 km.
O modelo de 340 cavalos pode ser configurado na cabine P ou na G na versão 4x2. O motor de nove litros gera força de 163,0 kgfm. Os entre-eixos são de 3,750 metros ou 3,950 m, com capacidade de volume de gás de 226 ou 182 metros cúbicos. A autonomia fica de 400 km a 500 km.
Os caminhões pesados Scania movidos a gás (natural e/ou biometano) são destinados para médias e longas distâncias. As potências são de 280, 340, 420 e 460 cavalos. A Scania garante que a tecnologia é confiável, o desempenho consistente e a força semelhante ao diesel. Além de serem mais silenciosos.
Os motores Ciclo Otto (o mesmo conceito dos automóveis) são movidos 100% a gás natural e/ou biometano, ou a mistura de ambos. Os propulsores não são convertidos do diesel para o gás e têm garantia de fábrica.
A montadora destaca que suas soluções a gás e biometano são viáveis para o mercado brasileiro, cadeia sucroenergética e a do agronegócio. O biometano também pode ser gerado de restos de culturas agrícolas, fezes de animais e resíduos da agroindústria e do lodo sanitário urbano.