Na contagem regressiva para o final do ano, a produção cresce e a venda e a exportação de veículos caem em novembro. O aumento do mercado interno, a estabilidade na produção e a queda na exportação marcarão 2023 para a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Para o próximo ano, a entidade das montadoras trabalha com o avanço nos três segmentos setor automotivo.
O crescimento da produção de veículos em 2024 será de 4,7% na expectativa da Anfavea. A entidade trabalha com a previsão de que 2,470 milhões de unidades sairão das linhas de montagem no país.
- Precisamos de todo o esforço conjunto das empresas e da sociedade para aumentar nossa produtividade, mas acredito que só em 2026 recuperaremos os níveis registrados antes da pandemia”, afirmou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
A venda de 2,450 milhões de auto veículos projetada pela Anfavea para 2024 representará o crescimento de 7% sobre o ano que está chegando o fim. A alta prevista será de 6,6% para automóveis e comerciais leves, e de 14,1% para veículos pesados.
Com as dificuldades econômicas do principais países importadores de veículos brasileiros, a Anfavea projeta para 2024, a exportação de 407 mil veículos, leve alta de 2% na comparação com 2023.
Novembro instável
A produção de 202.675 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus aumentou 1,5% na comparação com outubro. Foram 190.758 automóveis e comerciais leves, mais 1,9% sobre outubro e menos 5,1% na comparação com igual período de 2022.
O emplacamento de 212.694 automóveis, comercias leves, caminhões e ônibus caiu 2,4% sobre agosto e aumentou 4,2% na comparação com o mesmo mês de 2022. Foram 201.834 automóveis e comerciais leves, menos 2,4% na comparação com outubro e mais 5,1% sobre o mesmo período de 2022.
O resultado acumulado dos primeiros 11 meses do ano cresceu 1,1% com 2.153.260 veículos registrados, dos quais 2.041.647 foram automóveis e comerciais leves.
O ano fechará com 2,29 milhões de registros, alta de 8,8% sobre 2022, acima dos 6% projetados pela entidade. A média diária de produção foi de 10,6 mil unidades, a maior do ano, apesar dos três dias uteis a menos em relação a outubro.
Caminhões e ônibus
A produção de caminhões em novembro caiu 4,5% na comparação com outubro e tombou 33,7% em relação ao mesmo mês de 2022.
O registro de caminhões caiu 2,3% sobre e outubro com 9.229 unidades e 9,6% comparado com o mesmo mês do ano passado.
No ano foram produzidos 97.697 caminhões, menos 14,4% na comparação com os primeiros 11 meses de 2023.
A produção de 1.887 ônibus em novembro caiu 10,1% sobre outubro e despencou 36,4% sobre o mesmo mês de 2022. Os 1.586 ônibus emplacados representaram mais 0,3% em relação a outubro e menos 9,4% sobre o mesmo mês de 2023.
No ano, foram produzidos 18.956 ônibus com o salto de 25,8% sobre o mesmo período do ano passado.
Do estoque de 251,2 mil unidades, 1482,2 mil foram dos concessionários e 103 mil dos fabricantes. Correspondeu a 36 dias sendo 21 dias nas lojas e 15 nos pátios das fábricas.
A exportação segue comprometida pelas dificuldades de mercados como Argentina, Chile e Colômbia. O embarque de 24.068 veículos despencou 23% na comparação com outubro e 44,6% sobre o mesmo mês de 2022.
Em valores foram US$ 744,547 milhões, menos 15,1% em relação a outubro e menos 23,71% em relação ao mesmo período de 2022. No ano foram exportadas 399 mil unidades, menos 15,9% sobre igual período do ano passado. O resultado acumulado do ano de US$ 9,625.766 bilhões aumentou 4,9%.