O novo Sentra avançou. Visual ousado, sofisticação, conforto e segurança, o sedã médio Nissan surpreende e tem baixo consumo de combustível. Rodamos 600 quilômetros com o Nissan, um dos modelos mais avançados do seu segmento. Importado do México e preço competitivo, o novo Nissan Sentra 2.0 CVT na versão Exclusive com interior Premium custa R$ 174.990.
Atualizado, na oitava geração, o Sentra ganhou competitividade no reduzido segmento de sedãs médios. Mais bonito, completo e seguro, com recursos que auxiliam a condução e reduzem os riscos de acidentes, pouco lembra o modelo anterior.
O visual ousado e linhas avançadas remetem aos irmãos maiores, o Altima e o Maxima. Mais comprido, largo e baixo, o design cria a sensação de robustez sem comprometer a elegância, o estilo e a esportividade.
A assinatura visual da marca valoriza a frente com a grade "V-Motion". O grupo óptico reforça a esportividade com faróis, luzes diurnas (DRL) e auxiliares de neblina em LED. As rodas de liga leve diamantadas de 17 polegadas, o teto solar e as lanternas tipo bumerangue completam o conjunto.
Os aperfeiçoamentos no design com as linhas fluidas limpas melhoraram o consumo de combustível. A grade menor, o para-choque dianteiro otimizado, as formas arredondadas do capô aliados e as coberturas dos pneus e das colunas "A" reduzirem o arrasto aerodinâmico e o consumo em até 10% segundo a Nissan.
Maior, mais largo e mais baixo com 4,64 metros de comprimento e 1,81 m de largura, a distância entre eixos cresceu para 2,71 m. A altura passou para 1,45 m. O novo espaço interno aumentou o conforto e a visibilidade dos ocupantes. O porta-malas menor leva 466 litros e o banco traseiro rebatível flexibiliza a otimização da carga.
Acesso por aproximação e partida por botão, a direção é elétrica e o volante multifuncional de base reta tem ajustes de altura e profundidade. O acabamento dos bancos, painel e laterais das portas combina materiais macios nos tons preto e sand.
O quadro de instrumentos tem mostradores analógicos e tela de TFT de sete polegadas colorida com diversas informações do veículo. A central multimídia traz tela de oito polegadas sensível ao toque e por comando de voz, interativa com Android Auto, Apple CarPlay e aplicativos por cabo. A tela mostra também as imagens da câmera de ré e de 360 graus.
O ar-condicionado é automático digital de duas zonas. A recarga do celular conta com três entradas USB, duas na frente (uma delas é do tipo "C", de carga mais rápida) e uma atrás. O sistema de som é Bose. O teto solar tem acionamento elétrico.
O novo Sentra traz avançada tecnologia Nissan Safety Shield de apoio à condução e segurança. São recursos como o controle eletrônico de velocidade adaptativo, visão 360 graus com detecção de objetos em movimento, alertas de colisão frontal, de tráfego cruzado traseiro, de atenção do motorista, de mudança de faixa, de ponto cego e objetos no banco traseiro, além de monitoramento de pressão dos pneus.
O sedã Nissan traz também assistentes de frenagem, de prevenção de mudança de faixa (I-LI) e o controle dinâmico de chassi integrado. Conta ainda com seis airbags (frontais, cabeça e laterais) e Isofix para fixação de cadeiras infantis.
Bom nas ruas e estradas
O novo Sentra surpreendeu pelo avanço no visual, no interior sofisticado e no bom desempenho sem comprometer o consumo de combustível. O sedã Nissan provou suas qualidades nos 600 quilômetros que rodamos pelas ruas e estradas gaúchas.
Direção elétrica, o volante multifuncional remete aos irmãos Versa e Kicks com aletas para troca sequencial de marchas. O revestimento interno combina materiais macios no painel e laterais das portas com plástico. O quadro de instrumentos e o multimidia têm fácil visualização. O console conta com diversos porta-objetos e o ar-condicionado digital é de duas zonas.
O conjunto propulsor garantiu comportamento adequado ao Sentra. O sedã rodou tranquilo nas ruas e estradas, acompanhou o fluxo intenso sem qualquer esforço, sempre com sobra no acelerador. Na cidade, os 151 cv e os 20 kgfm do motor 2.0 ciclo Atkinson a gasolina foram bem distribuídos pelo câmbio contínuo variável CVT Xtronic que simula oito velocidades. A função D-Steo agiliza as partidas e ultrapassagens.
Nas rodovias sobraram potência e força. Nas BR/290, de Porto Alegre a Osório e na BR 101, o bom asfalto e o limite de 110 km/h na autoestrada permitiram rodar tranquilo com acelerações e retomadas de velocidade fortes e ultrapassagens seguras. Os quatro modos de condução - normal, sport, manual e eco – facilitaram aproveitar as características do conjunto propulsor.
A direção leve e precisa com o auxílio da câmera de ré e sensores facilitou as manobras de estacionamento. Na estrada, garantiu o perfeito domínio do sedã. A suspensão - dianteira tipo McPherson e a traseira multi-link- macia sem comprometer a estabilidade, absorveu bem as irregularidades comuns nas ruas e estradas do país. As rodas de 17 polegadas com pneus 215/50 R17 ajudaram a ótima estabilidade com rolagem mínima em trechos sinuosos nos limites de velocidade permitidos.
Com o ótimo isolamento acústico, a boa calibragem da suspensão e o baixo nível de ruído, o som do motor e o vento só foram percebidos no limite de 110km/h da autoestrada.
O consumo de combustível pelo Inmetro é de 11 km/l na cidade e 13,9 km/l em rodovia. No teste, no trânsito urbano nossas médias ficaram entre 10,1 km/l e 11,7 km/l. No fluxo rodoviário, na velocidade constante de 80 km/h, as médias foram de 14,8 km/l a 18,1 km/h, e a 110 km/h, de 11.9 km/l a 15,3 km/l.
Conclusão
O novo Sentra avançou. O modelo antigo praticamente só remete ao nome. O visual ousado, o interior sofisticado, o conforto e a segurança qualificam o sedã médio Nissan, um dos poucos que resistem no seu segmento.
Nas ruas e estradas, sobrou potência e força ao bom conjunto propulsor sem comprometer o consumo de combustível. A ótima suspensão compensou as irregularidades do pavimento com perfeita estabilidade. O bom isolamento acústico garantiu níveis mínimos de ruído. No geral, chama a atenção o freio de estacionamento acionado por pedal que será substituído.
Como sempre, vale a avaliação do custo-benefício em relação ao uso e aos modelos de outros segmentos pelas reduzidas opções de sedãs médios.