Os aperfeiçoamentos visuais externos e internos e o avançado conjunto propulsor revigoraram o Captur 2022. Com os novos motor turbo e câmbio automático tipo CVT, o desempenho do utilitário esportivo Renault está entre os melhores do seu segmento. O conforto, a conectividade e a segurança também avançaram e o discreto charme francês ficou mais atraente com a atualização. Rodamos cerca de 600 quilômetros com um Renault Captur Iconic 2022, a versão topo de linha, que tem preço de R$ 138.490, sem opcionais.
O novo conjunto propulsor garantiu o comportamento que o Captur merecia e os antigos motores 1.6 e 2.0 não atendiam. Sobraram potência e força ao motor desenvolvido em conjunto pela Renault e Mercedes-Benz nos dois testes que fizemos. O primeiro, rápido em Porto Alegre e região metropolitana, e segundo incluindo rodovias que levam ao litoral.
Os 170 cv e a força (torque) de 27,5 kgfm do motor 1.3 turbo flex, distribuídos nas rodas dianteiras pelo câmbio automático contínuo varíavel (CVT), que simula oito velocidades, atenderam com sobras às necessidades do Captur nas ruas e estradas.
Como gosta de fazer analogias, a jornalista Priscila Nunes lembrou que o motor é o coração de um carro, ou a parte mais importante para “sobreviver” e o novo propulsor cumpriu sua função.
O novo motor 1.3 TCe turbo com injeção direta de combustível e duplo comando de válvulas variável respondeu rápido, mesmo em baixas rotações, o que deu mais agilidade ao Captur. Nas ruas, o utilitário acompanhou tranquilo o trânsito urbano com muita sobra no acelerador.
Comportamento e dirigibilidade
O bom desempenho da cidade foi repetido nas estradas, em especial nas de pista simples, com ultrapassagens rápidas e seguras. O turbo mostrou disposição e fôlego para liberar mais potência e força. Nas BRs 290 e 101, o risco foi ultrapassar os limites de velocidade.
Silencioso, o câmbio CVT garantiu total aproveitamento do motor. As trocas de marchas foram suaves, mas rápidas, quando preciso em reduções. Rodamos a maior parte do percurso no modo ECO que reduz o consumo de combustível, o que também colaborou o Stop&Go no trânsito urbano. Para quem gosta, o X-Tronic permitiu a troca sequencial de marchas, que testamos algumas vezes.
A direção, agora elétrica, reduziu o esforço na condução, principalmente nas manobras de estacionamento.
Macia e firme, ficou mais direta e deu controle total do Captur em qualquer velocidade. Os aperfeiçoamentos na suspensão melhoraram o conforto sem comprometer a estabilidade.
Apesar da altura, a oscilação da carroceria foi mínima dentro dos limites de velocidade com leve tendência de jogar a frente. As irregularidades do pavimento foram absorvidas com reduzida transferência para o interior.
O consumo de combustível no teste foi próximo ao do Inmetro de 11,1 km/l no trânsito urbano e 12 km/l no rodoviário com gasolina. Na cidade, conforme o fluxo, as médias foram de 9,6 km/l a 11,8 km/l e, em velocidade constante na estrada de 14,2 km/l a 17,1 km/l (80 km/l) e 12,1 km/l a 14,7 km/l (110 km/h).
Quatro airbags (frontais e laterais), o Captur conta com controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, sensores de ponto cego e crepuscular e monitoramento da pressão dos pneus. Traz ainda nos bancos traseiros o sistema Isofix para a fixação de cadeirinhas infantis.
Interior e conectividade
Acesso por aproximação e partida remota ou por botão, o interior do Captur também evolui. O acabamento biton em materiais suaves, detalhes cromados e em preto brilhante na moldura do sistema multimídia e nas saídas de ar-condicionado automático digital, agradaram Priscila. Dessa vez, a jornalista utilizou bastante os porta-objetos e aproveitou os espaços disponíveis.
O console foi redesenhado e ganhou novos botões à frente do câmbio e teclas com diversas funções. Priscila destacou que o quadro de instrumentos com mostradores analógicos e tela digital permaneceu o mesmo e o ar-condicionado poderia ser de duas zonas. Os passageiros do banco traseiro contam com duas portas USB.
Com 4,379 metros de comprimento, 1,813 m de largura, 1,619 m de altura e distância entre eixos de 2,673 m, o espaço acomoda bem o condutor e acompanhante. Atrás, dois adultos e uma criança. O porta-malas leva 437 litros.
A nova central multimídia Easy Link, com tela de oito polegadas, sensível ao toque e comando por voz é interativa com Android Auto, Apple Carplay e aplicativos. Mais intuitiva, navegação iintegrada. Pareamos nossos dois celulares por Bluetooth (permite parear até seis celulares e fazer duas chamadas simultaneamente).
O sistema Multiview de quatro câmeras que mostrou imagens 360 graus do Captur foi apontado por Priscila como outro destaque do Captur. As imagem giraram em torno do carro e facilitaram muito na hora do estacionamento. Como opcional, a jornalista recomendou que vale a pena a aquisição. Usamos também o ótimo sistema de áudio premium Bose, com seis alto-falantes, subwoofer no porta-malas e equalizador digital.
Conclusão
Os aperfeiçoamentos valorizam o Captur 2022, em especial o novo conjunto propulsor que garantiu o comportamento que o utilitário esportivo merecia. A versão Iconic, a topo de linha, é bem completa, a altura dos seus concorrentes, embora faltem alguns detalhes e recursos eletrônicos de segurança. O charme discreto francês do Renault ficou mais atraente com a atualização.