A Storm complementará a família Ranger com forte apelo para o uso fora de estrada. Apresentada como protótipo no 30º Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro, a picape foi bem recebida pelo publico, o que levou a Ford confirmar sua produção. No encontro de final de ano com a Imprensa, a montadora confirmou também o Edge ST e o EcoSport com tecnologia Run Flat Tire para breve.
Desenvolvida como conceito, a Ranger Storm valoriza o uso em qualquer terreno. Traz pintura em duas cores com grafismos, alargadores de para-lama, para-choques off-road, rack de teto, snorkel, estribos laterais e capota marítima. A grade dianteira traz o nome Storm.
O motor 3.2 diesel de 200 cv atua com câmbio automático de seis velocidades. A picape conta com central multimídia SYNC, câmera de ré, sensores de estacionamento, controlador e limitador eletrônico de velocidade, sete airbag e controles eletrônicos de estabilidade e tração, entre outros recursos.
No encontro com a imprensa, o presidente da Ford América do Sul, Lyle Watters, falou sobre o momento de transformação vivido pelo mundo na mobilidade, conectividade e tecnologia. Também na política e economia, e como a Ford está acompanhando para se adaptar às novas necessidades e desejos dos consumidores.
- A transformação faz parte da vida. A diferença é que hoje ela ocorre num ritmo nunca visto. O consumidor brasileiro busca por marcas com as quais possa se relacionar e confiar, que mostrem honestidade, compromisso e segurança – disse Lyle.
Watters lembrou o investimento global de US$11 bilhões da Ford para lançar 40 modelos híbridos e elétricos até 2022 e suas parcerias e aquisições nas áreas de carros autônomos, conectados e mobilidade. No Brasil, citou o aplicativo de serviços FordPass e o protótipo o tapete de acessibilidade criado para facilitar a mobilidade de cadeirantes.
O vice-presidente de Assuntos Corporativos, Comunicação e Estratégia da Ford América do Sul, Rogelio Golfarb, apresentou o balanço do cenário econômico e das perspectivas da indústria para 2019. O mercado doméstico fechará o ano com crescimento entre 15% e 16% e vendas de 2,6 milhões de unidades.
Golfarb destacou a importância do setor automotivo na recuperação da indústria – respondeu por 70% do seu crescimento em 2018 - e o avanço das vendas diretas para frotistas. Destacou que a tendência de continuidade em 2019, traz desafios adicionais de custos.
O executivo estima que a venda de veículos novos no Brasil crescerá de 10% a 12% em 2019, desacelerando o ritmo em relação a 2018. Até novembro, a expansão acumulada foi 15%. Confirmada a expectativa, o mercado deverá chegar de 2,83 milhões a 2,9 milhões de unidades.
O avanço não será maior devido a crise econômica da Argentina, maior importador de veículos brasileiros. Até novembro, as vendas no mercado argentino caíram 9% e deverão recuar de 20% a 25% em 2019.
As vendas para os clientes corporativos – locadoras, frotistas em geral e produtores rurais representaram dois terços do crescimento do mercado brasileiro neste ano.
Em 2019, mais uma vez puxaram o avanço.
Golfarb explicou que o avanço das vendas diretas ocorreu porque as fábricas ainda estão com alta ociosidade, o que forçou uma redução no preço para estimular a produção e liberar estoque. Justificou que os clientes corporativos têm mais condições que um consumidor comum de financiar a compra do carro. Para o consumidor comum, a recuperação será mais lenta.
- Não estou vendo uma melhora nos juros para pessoa física em um horizonte de 12 meses -, justificou.
Golfarb lamentou que a redução da Selic, não foi acompanhada por uma queda no mesmo ritmo dos juros para o setor automotivo.
Enquanto a taxa básica caiu 54% entre 2016 e 2018, os juros para consumidores de veículos recuaram 14%.
- A transmissão da queda da Selic foi muito pequena. E não há projeção de queda para a Selic no ano que vem", disse.
Viagem a convite da Ford