Correção: a gasolina comum é o combustível bruto derivado do petróleo que vem da refinaria acrescido de 27% de álcool etílico e não 25%, como publicado entre as 13h de 13 de março e 18h32min de 13 de março. O texto foi corrigido.
Além do preço dos combustíveis, que é uma preocupação constante para os motoristas, outras questões surgem quando o tema é abastecimento do automóvel. Ao chegar no posto de combustível, diversas são as opções disponíveis para adesão: gasolina comum ou aditivada, diesel, etanol e biocombustíveis são algumas delas.
A gasolina ainda é a mais tradicional no país pelo custo benefício. Segundo Luis Nogueira, proprietário Oficina Bugatti em Porto Alegre, a opção de seguir no consumo deste composto surge também porque as montadoras ainda trabalham com a gasolina quando o carro necessita de combustível.
— Ainda é a mais usada. Teria um custo alto para eles desenvolver uma tecnologia para utilizar outros combustíveis — comenta o profissional.
Existem dois principais tipos de gasolina que podem ser adquiridos. A comum é o combustível bruto derivado do petróleo que vem da refinaria acrescido de 27% de álcool etílico. Independente da marca, não devem existir distinção de qualidade em cada posto.
A gasolina aditivada é composta pela comum mais substâncias detergentes dispersantes que vão limpar o motor do veículo e bico injetor. Cada empresa adiciona produtos diferenciados, então é preciso testar para encontrar a que o indivíduo acredita ser mais eficiente.
— O detergente desprende toda a sujeira que pode ter, que pode vir junto ou que fica no motor e na distribuição daquele veículo. E a questão do dispersante faz com que essa sujeira seja quebrada. Dependendo do tipo de sujeira, ela é eliminada na queima da gasolina — explica Cláudio Luis Frankenberg, professor da Escola Politécnica da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Outra opção é a gasolina premium, que com maior octanagem, que é a capacidade que o combustível tem, misturado ao ar, de resistir a temperaturas altas. Essa gasolina permite que os motores funcionem com maior taxa de compressão e deem maior eficácia ao veículo. Entretanto, esta opção só é eficiente para carros de alta potência, como esportivos de luxo.
Gasolina comum ou aditivada: com qual frequência usar
Por ser em média 20 centavos mais barata, a gasolina comum é a opção diária da maioria dos brasileiros. Porém, pelos benefícios de limpeza da aditivada, ela é mais recomendada para uso diário. Entretanto, para aqueles que não dispõem de mais dinheiro na hora de abastecer e querem seguir com a comum, a recomendação profissional é que a gasolina aditivada seja escolhida quando possível, que varia de tempo recomendado de acordo com o tipo de motor e uso do carro.
É importante ressaltar que os detergentes não aumentam a potência do motor, mas auxiliam para que ele volte ao seu rendimento original a longo prazo, que pode estar prejudicado pelo uso exclusivo da gasolina comum.
— A gasolina vai começar a formar resíduos e eles começam a ficar retidos nas paredes do teu motor. Essa sujidade gera às vezes algum problema no veículo, por isso que as aditivadas têm esse sentido de minimizar isso, de minimizar essa sujidade – ressalta o professor Frankenberg.
Ainda segundo o professor, tanto a gasolina comum quanto a aditivada são prejudiciais para o meio ambiente, mas estudos apontam que com detergentes, o combustível pode ser minimamente mais ecológico. Uma alternativa para pessoas que têm esse princípio como fundamental é a utilização de biocombustível, que substitui derivados de petróleo e gás natural.
Produção: Paula Appolinario