Coube à camisa 10 da seleção brasileira de vôlei, Gabi, fechar o tie-break contra a República Dominicana na noite de terça-feira (27) no Japão — manhã no horário brasileiro. Por certo, uma pessoa em especial no Japão vibrou com isto: ela se chama Aiako e mora em Tóquio.
O gosto pelo vôlei e pela seleção brasileira feminina fez a japonesa escolher Gabi como ídolo. Vestida com a camisa brasileira e usando máscara com a bandeira do Brasil, junto com a amiga Yumi, que carregava uma bandeira da República Dominicana, a japonesa foi até a frente da Ariake Arena na esperança de ver as jogadoras. Não foi possível, mas havia satisfação no rosto das companheiras.
Lamentou o fato de não poder comparecer aos jogos, chegando a se emocionar ao dizer que já tinha ingressos comprados para todas as partidas do Brasil.
No telefone celular, uma foto com Gabi, que também tinha seu autógrafo dado na camiseta da fã. A torcedora já visitou o Brasil nove vezes em função do vôlei, destacando a última, quando visitou Gabi no Minas Tênis Clube.
Terminado o jogo contra as dominicanas, a atleta ressaltou que tem muito carinho por esta fã incondicional e conformou que a torcedora fica ao longo do percurso do ônibus da delegação para acenar para as jogadoras.
Seria um caos
As arenas sem público nas Olimpíadas são uma medida de segurança sensata, mas cria uma sensação horrível a quem se acostumou com este espetáculo mobilizando torcedores do mundo inteiro. No Japão, porém, se houvesse a normalidade com a presença de turistas ou a participação dos próprios japoneses como envolvidos no evento, provavelmente se estaria diante de um problema grande.
Algumas falhas notadas na infraestrutura e na logística dos Jogos Olímpicos com muito menos gente participando provavelmente gerariam transtornos gigantes com a chamada normalidade. Há dificuldades terríveis com a má preparação de voluntários ou mesmo de profissionais contratados em praticamente todas as áreas. A dificuldade de comunicação é uma das causas, mas existe muito de mau planejamento.
Tóquio 57 anos depois
Foi em Tóquio em 2021 que o Rio Grande do Sul chegou ao pódio da natação com Fernando Scheffer nos 200m livres. Foi nesta mesma capital japonesa que, em 1964, um gaúcho participou pela primeira vez de uma prova desta modalidade nobre do calendário olímpico. Mauri Fonseca nadou nas provas dos 100m livres e no revezamento 4x100m medley, sem obter vaga nas finais.
Num bom caminho
O handebol feminino do Brasil foi cotado para medalhista em Londres e no Rio de Janeiro. Com uma seleção que foi campeã do mundo, acabou não chagando ao pódio. Agora, sem tanta badalação, a equipe, com bom índice de renovação, empatou com a Rússia, campeã olímpica, e derrotou a Hungria. O time, que tem como uma das jogadoras mais experientes a goleira gaúcha Babi, pode ser uma surpresa, conquistando quem sabe uma posição inédita para o Brasil em Olimpíadas.
#PartiuTaiti
Sucesso para o Brasil com o ouro de Ítalo Ferreira, o surfe seguirá no calendário olímpico para os Jogos de Paris em 2024. O nem tão pequeno detalhe é que as provas serão muito longe, num oceano que não banha as praias francesas. A competição será no Taiti, na chamada Polinésia Francesa, local considerado excelente pelos surfistas. Como fato curioso ou até bom para a publicidade, isto pode ser um sucesso. Para a tradição das Olimpíadas, pode abrir o precedente perigoso de uma descentralização exagerada do evento.
Medalha de Ouro — Fernando Scheffer — Canoense conquistou o bronze nos 200m livres, se tornando o primeiro gaúcho a ganhar uma medalha na natação olímpica.
Medalha de Lata — Transporte nas Olimpíadas — Dia a dia, aumentam as queixas por atrasos e erros de percurso nos veículos oficiais. Alguns trajetos médios são mais rápido se percorrido a pé.