Dois grandes amigos se enfrentarão neste sábado (10), e esta amizade foi consolidada na base do churrasco. Era 2015. Diego Aguirre tinha sua primeira passagem como técnico do Inter. No Grêmio, Luiz Felipe Scolari já estava no cargo pela terceira vez. Eles se enfrentaram três vezes e na primeira delas, no Gre-Nal 404, uma novidade marcava a história do clássico, a torcida mista.
Foi neste espírito de confraternização que foi promovida uma janta entre os dois técnicos às vésperas do jogo. Felipão garante até hoje que foi ele quem pagou e, em 2018, quando eles se enfrentaram dirigindo Palmeiras e São Paulo, o então técnico palmeirense cobrou que o uruguaio pagasse uma nova churrascada.
Antes de sua contratação pelo Grêmio, nesta semana, Luiz Felipe conversou com amigos falando da possibilidade de reencontrar Aguirre, uma vez que a relação entre eles é ótima. A falta de tempo hábil antes do clássico certamente contribuiu para que não tenha sido ainda combinado um novo encontro, mas o motivo maior provavelmente seja um problema comum entre os dois, a situação de crise que vivem seus times.
A amizade certamente não será lembrada na hora dos comandantes orientarem seus jogadores para tentarem a vitória de todas as maneiras.
O Gre-Nal 433 não se presta para confraternizações antecipadas. Não há de que sorrir, seja para tricolores ou colorados. Se sabe que não deve haver tensão entre os técnicos, mas não se garante que os jogadores não protagonizem cenas lamentáveis como as vistas duas vezes no ano passado, com brigas, xingamentos e reclamações. Melhor seria que Grêmio e Inter estivessem em situações bem melhores para que, entre outras coisas, os treinadores repetissem o afável encontro para uma janta, possivelmente por conta de Diego Aguirre, conforme cobrança de Felipão.