A campanha do Grêmio neste início de Brasileirão já entrou para a história como a pior na era dos pontos corridos. Os dois pontos em 18 disputados não têm uma explicação diferente da fragilidade de um time que se perdeu sob todos os sentidos. A derrota para o Juventude não trouxa nada de novo num desempenho que já pode ser considerado vexatório.
O técnico Tiago Nunes está impotente para dar um padrão de jogo ou até para escolher sua equipe-base. Paralelo a isto, as individualidades são um festival de decepções em função da perda de desempenho.
Não se pode acusar nenhum profissional do Grêmio de falta de empenho. O que está acontecendo é uma impotência generalizada protagonizada por dirigentes, comissão técnica e jogadores. Na teoria não se pode condenar a busca de reforços como Rafinha ou Douglas Costa. Também foi louvável o trabalho do treinador no final do Gauchão. Ali também eram vistos valores importantes como Diego Souza, Ferreirinha ou Thiago Santos. Agora nem o mito Geromel é indiscutível. As soluções propostas antes e durante os jogos se mostram bem encaminhadas, mas não funcionam.
O motivo mais aterrador para o torcedor estar apavorado e a falta de diagnóstico. Já existe uma ira generalizada, algo até normal quando a lanterna está tão iluminada como neste Brasileirão. Trocar o treinador será mais do mesmo e nada garante que o próximo não sofra do mesmo mal, não chegando a nenhuma solução.
Em todos os tempos, desde que assumiu, o presidente Romildo Bolzan Júnior está diante da maior crise do futebol gremista e, mesmo com sua postura racional de sempre, não é visto como alguém capaz de reverter imediatamente uma transição que era difícil e que agora se mostra terrivelmente desastrada.