A melhor cena vista pelos colorados no fim-de-semana foi a manifestação gravada em vídeo no sábado (19) pelo novo treinador do time. Diego Aguirre, com a sinceridade que lhe é peculiar, mostrou a camisa do clube e falou da satisfação de estar de volta. Aquilo é real. Aguirre gosta do Inter e está motivadíssimo para voltar a trabalhar no Beira-Rio. Dali para a frente nem o mobilizado uruguaio pode ter gostado do que viu. O empate com o Ceará saiu baratíssimo.
Extremamente desfalcado, o time de Guto Ferreira deu um banho de organização e objetividade na equipe de Osmar Loss. Dito assim, pode parecer que houve culpa total do interino colorado, algo que não é toda a verdade. Aconteceu um fracasso dos jogadores do Inter que abusaram dos erros individuais. Só faltou gol contra, mas houve chance clara perdida de maneira imperdoável, equívocos defensivos que fizeram os cearenses perigosíssimos vitoriosos nas jogadas aéreas, furadas, passes errados e derrotas nas disputas individuais. No camarote, não se viram, e nem podia, sorrisos no simpático Diego Aguirre.
Há uma redefinição tática urgente a ser feita no Beira-Rio. Isto só será possível com total sincronia entre treinador e jogadores. Aguirre reconhecidamente tem instrumentos pessoais para conquistar seus atletas, especialmente contando com o reforço de Paulo Paixão. A dúvida que ficou dos tempos de Miguel Ángel Ramírez e seguiu na interinidade de Osmar Loss é até que ponto os jogadores podem responder positivamente no lado técnico. A questão grave é a qualidade do elenco e quanto são confiáveis as individualidades. O jogo contra o Ceará por certo preocupou Diego Aguirre e aumentou a apreensão da torcida.