Classificado para a Libertadores, ainda que na fase preliminar, com a possibilidade de treinar o time titular por uma semana e dando mais tempo para recuperações físicas, como as de Maicon e Matheus Henrique, o Grêmio tinha tudo para estar tranquilo para o início da decisão da Copa do Brasil contra o Palmeiras. Isto, no entanto, não existe. Há incertezas, que se unem ao já conhecido prejuízo pela perda de Pedro Geromel.
Enquanto o Palmeiras viveu atribulações após se tornar campeão da América, viajando para o Catar, fazendo feio no Mundial e precisando sacrificar ainda mais seu calendário para concluir o Brasileirão, o time gremista ficou jogando e não convencendo nas últimas semanas. Se previa que o tempo e os jogos do certame nacional seriam oportunidades boas para Jean Pyerre voltar a jogar bem, Pepê recuperar o protagonismo, Maicon não apresentar maiores sequelas de seus problemas crônicos e um zagueiro se afirmar para ser um seguro parceiro para Kannemann.
Não há respostas positivas para estas incertezas e isto passa a ser motivo de temor às vésperas de uma final. Nos mais exagerados pode até se notar o apavoramento ou o descrédito envolvendo a equipe tricolor e seu treinador. Não é para tanto, mas não há argumentos taxativos para criticar os exaltados.
A grande atuação, aquela capaz de decidir um hexacampeonato, ainda está no imaginário gremista, mas faltam elementos objetivos para sustentar tal sonho. Se tem algo que está fora das dúvidas é Diego Souza.
A partir deste ponto positivo e afirmado, o Grêmio precisa construir sua estratégia. No mais, valerá a memória técnica e tática de um time que já apresentou bom futebol e individualidades que estiveram em grande fase ainda nesta temporada. Dos últimos jogos, mesmo os com vitória como a desse domingo (21) contra o Athletico-PR, fica uma grande interrogação de quem pode ter de se apegar ao retrospecto "copeiro" na competição ou à "imortalidade".