O empate na Bombonera foi um baita resultado para o Santos. Contudo, a missão na Vila Belmiro é duríssima para os comandados de Cuca. O Boca Juniors está longe de ser o time de outros tempos, mas o fato de a igualdade com gols beneficiá-lo é uma vantagem considerável para um clube cascudo neste tipo de confronto.
Aos santistas, valerá como inspiração os jogos diante do Grêmio, quando dominaram amplamente o adversário, jogando melhor do que na atuação em Buenos Aires na semana passada.
Se precisava de uma prova de que os argentinos não reconhecem fator local, o Santos viu na dificuldade do Palmeiras de manter uma vantagem de três gols contra o River que seus problemas são multiplicados. Menos mal para Cuca e seus comandados que o Boca não joga tão bem quanto o River e que o time da Vila Belmiro não tem por hábito ser tão submisso quanto foram os palmeirenses, talvez tranquilos demais com o resultado da ida que os favorecia desde o início da partida.
Tal qual na Arena, no primeiro dos jogos das quartas de final, como na volta em sua casa, o Santos tem de defender atacando. Assim, dominou o Grêmio nas duas vezes, chegando a uma goleada em casa quando até uma igualdade em zero o beneficiava.
A vantagem santista é muito relativa. O fator local com estádio vazio dilui os pontos a favor. Na Bombonera, o desempenho foi bom, mas agora tem de ser melhor, inspirado e executado como diante da equipe de Renato Portaluppi. Jogando daquela maneira, há grande possibilidade de chegar à final e, vendo o que fez o Palmeiras na outra semifinal, dá para sonhar com o inédito tetra da Libertadores para uma equipe brasileira.