Certamente, ao final do Brasileirão, haverá a tradicional escolha dos melhores da competição. Num certame totalmente anormal em sua realização e com um calendário apertadíssimo, entre os jogadores, há muitas dificuldades para saber quem será o “craque” da temporada. Já entre os técnicos, a tendência está mais clara.
Ganhando o título, ninguém tirará o troféu de melhor treinador de Abel Braga por motivos mais do que justificáveis. Havendo esta eventual conquista colorada, seria possível até fazer uma eleição informal coroando Abelão como o grande personagem do campeonato, acima de qualquer atleta. Do Beira-Rio também deve sair um forte concorrente como revelação, o centroavante Yuri Alberto.
Capitão Rodrigo
Na grande campanha colorada no Brasileirão, há merecidas referências à colocação de jogadores jovens na equipe de Abel Braga que passou a ser o fiador desta mudança que revolucionou o time. Há, entretanto, uma prata da casa mais cascuda que está sendo fundamental e que se tornará mais emblemática em caso de título.
Rodrigo Dourado não só se tornou exemplo de perseverança ao retornar aos campos depois de mais de um ano de lesão, cirurgias e dolorosos tratamentos, como resolveu um problema no meio-campo do time que acompanhou toda a passagem de Eduardo Coudet.
Dourado não só voltou, como o fez jogando cada dia mais, recuperando o futebol que o levou à Seleção Olímpica medalha de ouro e, no Beira-Rio, a formar uma dupla extremamente eficiente com Edenílson.
Agregue-se a isto a liderança pessoal em campo e no vestiário, algo que lhe rendera a braçadeira de capitão ainda nos tempos em que D’Alessandro era protagonista no clube.