Ao soltar nos microfones a expressão “clube vigarista” para qualificar o River Plate, o presidente Romildo Bolzan Júnior solta o verbo e desafoga algo que é um sentimento gremista em relação à agremiação argentina. Por mais que possa parecer inadequado, a mágoa remete ao esdrúxulo confronto da Libertadores de 2018, quando mais do que um prejuízo por parte da arbitragem, houve descompostura, desobediência, deboche e impunidade nas atitudes do técnico Marcelo Gallardo.
O sentimento do dirigente é legítimo, como no lado do Inter se nota algo semelhante em relação aos fatos que cercaram o Brasileirão e a disputa com o Corinthians em 2005. Tais fatos não se tratam de simples derrotas. Elas se caracterizam pelo desrespeito e marcam profundamente, desafiando a manutenção de uma postura equilibrada e politicamente correta.
Campeonato à parte
Maicon já esteve em São Paulo para o jogo contra o Palmeiras. Pedro Geromel segue trabalhos de recuperação. Ambos são preparados com todo o cuidado para estarem em campo na decisão da Copa do Brasil em meados ou no final de fevereiro. Antes disso, porém, há outro objetivo importante, o Gre-Nal do próximo dia 24.
É muito provável que o clássico sirva como teste fundamental para a final. A possibilidade de disputa direta de posição no Brasileirão e a manutenção da longa invencibilidade tricolor já servem como agentes que aumentam a dimensão do confronto que, por si só, agita os clubes dentro e fora do campo. Não é de se prever, por enquanto, nenhum jogador sendo preservado.