Até hoje falar em Odair Hellmann e lembrar sua passagem pelo Inter causa polêmica entre os colorados. O atual técnico do Fluminense, e adversário colorado neste domingo (22), tem os que reconhecem qualidades profissionais que vão além da simples simpatia pela figura carismática que foi fundamental no momento mais delicado da história colorada. Há também os que o consideram pouco ousado e que não estava a altura das ambições coloradas após a volta à primeira divisão. É nesta Série A, entretanto, que o comandante do Flu faz um dos trabalhos mais destacados da competição com um grupo um tanto frágil.
Tendo em vista a recente passagem de Eduardo Coudet pelo Inter, interrompida pelo próprio argentino, a comparação dos trabalhos pende a favor de Odair Hellmann, até pelo fato dele ter chegado a alguns lugares em que Coudet não chegou. Se não foi perfeito, Odair foi à final de um Gauchão e perdeu nos pênaltis, venceu dois clássicos Gre-Nal, chegou à decisão da Copa do Brasil e fez seu time campeão de um grupo qualificadíssimo na Libertadores, seguindo até as quartas de final. É pouco? Pode ser, mas é muito, perto daquilo que foi obtido com um profissional mais bem pago e cujo desempenho de sua equipe também mereceu muitos reparos.
Não se trata de comparar Coudet com Odair, mas apenas reconhecer que a trajetória incompleta do "Chacho" foi pior do que a do "Papito". Talvez o futuro reservasse para o argentino títulos e vitórias que não foram obtidas pelo atual técnico do Fluminense, mas isto ficou no terreno das hipóteses ou futurologia. Ficou muito simples para dizer quem foi o melhor treinador colorado nestes anos sem taças. O único que teve uma temporada de reafirmação para o clube estará no Beira-Rio no domingo (22) para tentar repetir o que seu time fez no primeiro turno, ganhar do Inter.