Não adiantaram desafios, provocações ou cobranças. Três dos quatro candidatos à presidência do Inter irão ao primeiro turno da eleição nesta quinta-feira (26) sem terem anunciado os respectivos responsáveis pelo departamento de futebol em suas eventuais administrações. Segue a prática muito comum em disputas eleitorais nos clubes de esconder a mais importante definição, algo que parece não interessar muito aos conselheiros que se mostram menos preocupados em tirar estas dúvidas antes de votarem. Louve-se, no entanto, a atitude da Chapa 4, liderada por Cristiano Pilla que definiu o nome de Diego Saraiva como indicado para a vice-presidência de futebol.
Pela tradição de eleições, especialmente quando na esfera dos conselhos deliberativos, infelizmente não é algo tão importante a divulgação antecipada de nomes para gerir o futebol. No pleito colorado, excetuando o candidato Cristiano Pilla, as definições estão muito abstratas. Os outros presidenciáveis simplesmente fogem das perguntas sobre nomes indicados ou se saem com respostas genéricas a respeito de perfil de treinadores ou do próprio executivo de futebol. Mesmo aqueles cujas tendências de escolhas sejam conhecidas evitam de assumir, como se a divulgação dos escolhidos viesse a atrapalhar as candidaturas.
A análise prévia da tendência dos conselheiros colorados faz prever que Pilla, o único dos quatro candidatos que definiu indicação para o departamento de futebol, não esteja no segundo turno. Com isto, irão para o segundo turno dois presidenciáveis que não objetivaram até agora o que está previsto para o futebol. Se os conselheiros não fizeram as cobranças devidas para avaliarem os projetos, caberá ao associado fazê-las, ainda que isto pouco signifique dentro de uma cultura em que este tipo de transparência não é prioridade.