Para os gremistas, é um sonho. Para a diretoria do Grêmio, um negócio fora dos padrões do clube. Mas no mercado, e até para a família de Edinson Cavani, não chega a ser impossível a volta do atacante uruguaio para a América do Sul, mais especificamente para Porto Alegre. Um grupo de empresários já preparou uma articulação de negócio, contando com algumas variáveis para que o que parece irreal se torne viável. Tudo isso decorre do não acerto do jogador com algum clube europeu e com uma disposição dele de retornar para sua terra ainda antes de encerrar a carreira.
Um grupo de empresários europeus, incluindo o português Jorge Mendes, passou autorização a um escritório de São Paulo para sondar a família de Cavani, por meio do irmão Walter Guglielmoni, sobre a disposição do jogador atuar na América do Sul. Tal iniciativa tomou corpo após não haver acerto do atacante uruguaio com o Atlético de Madri e com o Benfica. Não é negado que a preferência do atleta ainda seja de permanecer na Europa e o prazo final para uma decisão seria o mês de outubro.
Os representantes dos empresários europeus procuraram a família de Cavani e viram viabilidade em apresentar o plano ao Grêmio. Desde o início desta semana houve a busca de um contato com o presidente gremista Romildo Bolzan Júnior para apresentação desta situação. O dirigente tem sido categórico ao garantir que um negócio deste porte estaria longe das possibilidades tricolores, independentemente de ter analisado o plano dos empresários. Também não há uma manifestação do jogador, que se mantém em silêncio.
A garantia de quem está envolvido nesta articulação é de que Cavani reduziria consideravelmente seus ganhos pela opção de estar próximo da família, da vida campeira em sua fazenda em Salto, no Uruguai, e da possibilidade de atuar no futebol brasileiro, visto que os clubes de seu país vivem situações mais limitadas financeiramente.
Havia a alternativa da tentativa de colocação do atacante em clubes da Argentina, mas a conclusão chegada em função dos depoimentos de familiares é que o Rio Grande do Sul se mostra um lugar mais adequado para ele se estabelecer. Não havia, num primeiro momento, o estabelecimento de cifras, o que seria feito apenas se o Grêmio admitisse tratar do assunto.