Não há nenhum problema em empatar com o Flamengo no Maracanã. Ao contrário, por mais instável que seja a fase do campeão da América, o ponto obtido é valioso.
O que pode e deve ser lamentado pelos gremistas é que a atuação da equipe, se não foi excelente, foi superior à do adversário. O exemplo maior fica por conta do nada apresentado por Bruno Henrique diante da poderosa marcação de Pedro Geromel. Era possível vencer, mas houve um gol de pênalti do Gabigol e a igualdade foi sacramentada no placar.
O Grêmio saiu do Maracanã com boas e más notícias. Uma das que precisam ser valorizadas é a volta do estilo de marcação alta tricolor, especialmente no primeiro tempo. Também foi positivo ver Pepê fazendo uma partida de alta qualidade, novamente com bom entendimento com Alisson e marcando um belo gol.
No rol das lamentações tricolores fica o não aproveitamento da superioridade em campo para manter o resultado quando o técnico do Flamengo apelou para uma tática suicida de amontoar atacantes. A falta de constância física para manter a intensidade da primeira etapa, por sua vez, até era previsível, mas pode ter sido causa indireta do gol rubro-negro.
É verdade também que ele só veio num pênalti. As piores notícias para o Grêmio no Maracanã, todavia, são as lesões sofridas por Maicon e Diego Souza. Elas não se limitam ao prejuízo contra o Flamengo, mas à preocupação futura. O volante vive um grande momento de coordenação de seu setor e o atacante é a solução ofensiva encontrada pelo clube e que não tem reposição.
Se os gremistas podem se queixar de um empate injusto no Maracanã, por certo a dor de cabeça maior para Renato Portaluppi após a partida será a possibilidade de perder duas peças importantíssimas de sua equipe nas próximas rodadas do Brasileirão.