
Foi um pecado o que aconteceu no Maracanã. O Grêmio teve uma atuação de alto nível, dominou o Flamengo, correu poucos riscos e mostrou as virtudes dos grandes momentos, em que envolvia o adversário. Porém, em jogo desse tamanho, é preciso finalizar o adversário o quanto antes. O Grêmio não fez isso, e acabou punido em um lance casual, no pênalti de Kannemann, em que a bola bateu em sua mão.
Por todo esse contexto, o 1 a 1 foi amargo. Ainda mais que do outro lado estava um espectro daquele Flamengo do ano passado, que atropelava adversários e jogava com superioridade gritante. Se havia um momento oportuno para vencê-lo era esse. E o Grêmio desperdiçou.
O resultado esconde um primeiro tempo de excelência do Grêmio, daqueles de gravar e mostrar repetidas vezes nas palestras aos jogadores. O time marcou alto, cortou qualquer articulação do Flamengo e, com a bola, jogou e envolveu o adversário. Assim, apareceu a elegância de Jean Pyerre e a agressividade ofensiva de Pepê, um dos bons nomes na noite do Maracanã.
Não bastasse o empate, o Grêmio ainda saiu amargando a lesão muscular de Diego Souza. Um problema que, pela reação dele, deverá tirá-lo de ação por semanas. O que só justifica as decisões de preservar e administrar jogadores em um calendário que, no velho normal, já era insano. Imagina agora, em que um ano inteiro será espremido em seis meses.