Para muitos ele faz parte de uma sucessão de bons volantes revelados pela base do Grêmio e tem condições de estar no grupo principal. Há os mais pessimistas que lamentam o grande número de lesões e o tempo distante do clube por força de convocações para seleções brasileiras de base nos últimos anos.
Também existe uma cobrança por uma atitude mais forte em campo, digna de sua qualidade técnica. Victor Bobsin, aos 20 anos, já é muito conhecido e desperta interesse de clubes do Exterior há bastante tempo sem ter mostrado algo concreto no seu time, pelo menos no principal, pelo qual jamais atuou.
Bobsin seria o sucessor de Walace, Jaílson, Arthur, Matheus Henrique e Darlan, pratas da casa no setor e que já renderam grandes desempenhos no time de Renato Portaluppi e um bom dinheiro aos cofres tricolores. Será que ele só entrará nesta lista como reforço no caixa?
Tomara que não. Claro que não se deseja que o Grêmio perca uma boa negociação, mas é triste ver um jogador de talento sair muito jovem dos nossos clubes, neste caso sem sequer ter vestido a camisa do time titular. Foi assim com Tetê que hoje brilha no Shaktar Donetsk.
A permanência de Bobsin no Grêmio não significa necessariamente uma reposição para o caso de Matheus Henrique ser negociado. O garoto ocupa uma faixa mais de marcação e seria mais concorrente de Lucas Silva ou Maicon na primeira função.
Sua eventual negociação, algo não admitido nem sob forma de sondagem pelos dirigentes, não desfalcaria numericamente o setor. O possível futuro fora da Arena é que responderá sobre sua utilidade. Havendo interesse oficial, a pandemia manda negociar agora. Não havendo, que venha a chance, pelo menos uma amostra como Arthur teve um dia, para saciar a curiosidade dos gremistas.