Não está sendo fácil a vida dos dirigentes de futebol neste período da pandemia. A necessidade de discussões salariais com a necessidade de redução de vencimentos, a adequação de contratos já existentes e as renovações passaram a ser a prioridades bem na frente dos outros temas pertinentes aos departamentos de futebol. No Inter, Rodrigo Caetano enfrenta tudo isto em meio a uma situação financeira muito delicada. O diretor-executivo vibra a cada acerto realizado ou compromisso renegociado. O que desagrada profundamente Rodrigo é quando surge uma cobrança externa ou a especulação de busca de reforços pelo clube.
O executivo colorado vem repetindo com clareza e transparência, mas sem parecer vitimismo, que “o Inter não tem poder de investimento pois a situação é gravíssima”. Ele comemorou nos últimos meses negociações como as renovações de contratos de atletas oriundos da base ou, mais recentemente, com o volante Rodrigo Dourado. Falar em reforços é algo quase proibido no Beira-Rio, mesmo quando cogitada a perda de um jogador como Gustavo, o Gustagol, que, como reserva de Guerrero, não tem reposição com as mesmas características.
Mesmo antes da pandemia, Rodrigo Caetano convivia com especulações que davam conta de que o Inter poderia trazer jogadores valorizados como o meia argentino Nacho Fernandez ou o volante chileno Aránguiz, algo que, já naquela época, era considerado totalmente inviável. Mais recentemente outro volante, Rômulo Caldeira, chegou a declarar que poderia vir para o Beira-Rio. Isto sem falar em casos especulados especialmente pela imprensa argentina. O dirigente colorado sabe que este é o ônus de o clube ter mostrado interesse no passado em alguns atletas como Nacho ou Aránguiz e de ter investido numa comissão técnica estrangeira. O que agora é apontado por Rodrigo como inadequado é surgirem nomes sem nenhuma possibilidade de contratação, mas que podem iludir o torcedor, criando cobranças indevidas para a direção.
O que pode parecer despiste por parte do Inter, através de seu diretor-executivo, nada mais é do que transparência. Não espere o torcedor algum tipo de acréscimo no grupo para a volta dos jogos. Ao contrário, é provável a perda de atletas. De outra parte, esta mesma torcida que comemore renovações de contrato e permanências garantidas. Com o que tinha, o time de Eduardo Coudet mostrava evolução antes da pandemia. É nisto que todos apostam a apostam tudo o que têm os dirigentes colorados.