Não há data para o futebol feminino ser retomado no Brasil em 2020. Sem previsão para a volta do Brasileirão — e nem para o início do Gauchão —, as atletas da dupla Gre-Nal vivem as incertezas da modalidade.
Com o objetivo de manter todos os vínculos, o Grêmio decidiu suspender os contratos das jogadoras desde o início do mês, conforme previsto na medida provisória que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda no Brasil. Na semana passada, foi a vez do Inter anunciar a que a redução salarial de 25% também atingiria o departamento feminino.
A última vez que as gremistas entraram em campo foi em 15 de março, na vitória por 2 a 0 sobre o Vitória, no Vieirão, a casa do time feminino, em Gravataí. O resultado deixou as tricolores na sexta colocação, com nove pontos no Brasileirão, que foi interrompido sem três jogos da quinta rodada começarem — um deles era o das coloradas, que enfrentariam o Flamengo.
Enquanto isso, as jogadoras seguem treinando em casa. O processo nos dois clubes é bem parecido: depois das férias de 30 dias — em que havia uma cartilha de exercícios a ser seguida —, elas fazem atividades com orientação das comissões técnicas.
— Além de não haver alguma previsão para a retomada dos jogos, nós não temos como fazer o mesmo protocolo do masculino. Então todas seguirão treinando em casa por enquanto, com supervisão da comissão — projetou Norberto Guimarães, vice de relacionamento social do Inter, pasta responsável pelo futebol feminino no clube.
No Grêmio, Álvaro Prange, coordenador geral do futebol feminino do clube, explicou que os aplicativos são aliados para manter a comunicação entre atletas e profissionais gremistas:
— Hoje conversei com um diretor da CBF, que comentou que não há previsão de retorno da competição. Com isso, estamos enviando sugestões de treinamento, fazendo atividades em conjunto pelos aplicativos de conversas em grupo e preenchimento de questionários para avaliação e medição da parte física-médica.