A temporada 2019 de Carlos Sánchez recomenda, e muito, sua contratação pelo Grêmio ou por qualquer clube no Brasil. O volante uruguaio jogou muito pelo Santos, desafiando a própria idade, 35 anos, e revivendo momentos parecidos com aqueles que o tornaram Rei da América quando jogava no River Plate, em 2015. A idade, porém, não pode ser subestimada na hora de contratá-lo para um ano que pode ter mais de 70 jogos.
A cautela se justifica pois na hora de contratar Sánchez, provavelmente, haverá por parte do atleta a pedida de um contrato de mais de um ano. Os 35 anos passariam para 37 e isso gera incerteza para a fase final do compromisso. Nesta hora, vale estabelecer bem as metas para o primeiro momento. Se assinar por duas temporadas, a tendência é de uma resposta semelhante à de 2019 na primeira metade e de boa possibilidade no restante da permanência.
No caso do Grêmio, tudo gira em torno da intensidade que será exigida por Renato Portaluppi. Sánchez e Maicon dificilmente poderiam compor um mesmo setor. Embora com características diferentes, são excludentes pelo simples fato de que um time não deve ter uma dupla de homens de meio-campo cujas idades somadas chegam a 69 anos. Como o ex-capitão gremista vai começar 2020 com uma cirurgia, há uma viabilidade inicial de não haver a presença dos dois em um mesmo time hipotético ou até uma improvável disputa por posição. Para 2020, Sánchez será um bom reforço para o Grêmio porque nas mãos de Jorge Sampaoli, no Santos, resistiu bem à exigência.