O futebol gaúcho não deveria voltar neste momento. Porém, essa é a realidade que Inter, Grêmio e Juventude precisam enfrentar. A decisão de não deixar essas equipes de fora da competição por mais tempo é pouco empática e representa a falta de conhecimento com o que está acontecendo no Rio Grande do Sul.
Mas já que o fato é o retorno às atividades, o Inter tem se preparado para tentar amenizar os prejuízos em relação a ritmo de jogo e nível técnico. O técnico Eduardo Coudet terá que adaptar seu time ao ritmo que os adversários devem imprimir nas próximas partidas.
Será difícil analisar qualquer tipo de desempenho da equipe. Confesso que, resultados positivos com alto desempenho, seriam surpreendentes. Na próxima partida, contra o Belgrano, é possível conquistar os três pontos devido à qualidade do rival. Porém, na sequência, diante de times mais qualificados, a dificuldade deve aumentar.
Desportivamente, o lado bom para o Inter é o retorno de jogadores que estavam afastados por problemas físicos. Alan Patrick, por exemplo, tinha questões musculares e agora pode integrar o time titular. O atacante Enner Valencia também volta à equipe e pela primeira vez poderá atuar com Rafael Borré.
O retorno de peças fundamentais pode amenizar os diversos impactos negativos que essa parada deu ao Inter. Mesmo assim, o desafio da comissão técnica e grupo de jogadores segue difícil.