O Inter tem um confronto complicado com o Juventude na próxima segunda-feira. Essa projeção de um jogo difícil é embasada pela primeira partida em Caxias. Naquele momento, o Alviverde surpreendeu um Colorado que imaginávamos vencer com facilidade até então.
Acontece que o técnico Roger Machado conseguiu montar sua equipe de uma forma pouco exposta e desagradável para o formato de jogo aplicado por Eduardo Coudet. Não chegou a ser um nó tático, mas dificultou aquilo que estava fluindo ultimamente no lado vermelho.
Temos algumas dúvidas para o confronto de volta. A principal é a utilização ou não de Enner Valencia. A não ida dele aos Estados Unidos para jogar pela seleção do Equador indica que sua recuperação seja difícil. Além disso, Lucas Alario também tem problemas. Ao natural, o argentino seria quem entraria no lugar do artilheiro colorado. Sendo assim, surge uma oportunidade para Lucca.
A partir da chegada de reforços que elevaram o patamar do Inter, alguns nomes que já fazem parte do elenco perderam holofotes. Isso é normal. Mas é importante destacar que essa força atual do Inter também é formada por jogadores que fazem parte do contexto colorado desde a última temporada.
Em um dos piores momentos do Inter em 2023, Lucca se destacou. O atacante foi decisivo para classificação na fase de grupos da Libertadores. Apesar do merecimento conquistado em campo, não recebeu grandes chances do técnico daquela época.
Considero Lucca um ativo importante do clube. Atua em uma posição que é muito procurada pelo mercado da bola. Não parece ser um fora da curva, porém tem características que animam o torcedor. Hoje, vejo ele como a peça mais parecida com Valencia dentro do grupo. A força física somada a velocidade lembra um pouco o jeito de Enner.
Lucca tem tudo para dar conta do recado. Ainda é jovem e vai oscilar com a camisa do Inter. Se comissão técnica e torcedores tiverem paciência, pode ser que ele se transforme em uma peça fundamental no grupo colorado para disputar todos os campeonatos do ano.