O Inter lutou com os alemães para ter Borré no primeiro semestre e o atacante chegou, está treinado e pronto para jogar. O clube aguarda um parecer jurídico da CBF para que o colombiano possa estrear nesta quarta-feira (13), em Brasília, diante do Nova Iguaçu. A grande pergunta que o torcedor colorado faz é: quem vai sair do time para ele entrar?
O técnico Eduardo Coudet tem a missão de manter o elenco motivado, fazendo com que todos sintam-se importantes. Além dos 11 titulares, o grupo tem mais quatro ou cinco jogadores que estão no mesmo nível, ou quase isso, dos que irão iniciar os jogos. Em algumas partidas haverá preservação por conta do calendário.
Coudet é adepto ao rodízio, mas já pagou caro por tirar jogadores intocáveis em momentos decisivos. Na Copa do Brasil do ano passado, após fazer 2 a 0 no Corinthians, em casa, o Atlético-MG, comandado pelo técnico argentino, perdeu pelo mesmo placar e foi eliminado nos pênaltis, no jogo da volta, em São Paulo. O treinador preservou alguns titulares, inclusive Hulk, e foi massacrado pela torcida do Galo. Após o jogo, ele explicou que preservou titulares importantes por conta da alta minutagem e sequência de jogos.
No Sala de Domingo, na Rádio Gaúcha, o colega Leonardo Oliveira, direto da Espanha, disse que isso poderá se repetir aqui no Inter.
— Não fiquem surpresos se, em alguns jogos, Alan Patrick começar no banco de reservas. Vai acontecer de Valencia sair e jogar Alario e Borré para que seja feito um rodízio — disse.
Eu quase caí da cadeira. Entendo que a "rodagem do elenco" seja importante para que Coudet possa aproveitar, em alguns jogos, quem está com mais "gás". E ele pode fazer isso com nove jogadores do time titular. Com os outros dois, não.
Alan Patrick e Valencia são, na minha opinião, intocáveis. Eles só saem do time por motivo de lesão. Dependendo do jogo, nem mesmo o desgaste físico pode impedir esses dois de estarem em campo. Se os exames de sangue apontarem esse desgaste muscular com risco de lesão, eles saem. Caso contrário, não podem, sob hipótese alguma, sentar no banco. O camisa 10 e o 13 são intocáveis.
Borré está chegando e, se confirmar a expectativa que depositamos nele, entrará nesse time dos que não podem ficar de fora do "11 inicial". Para ele jogar quarta, alguém precisa sair.
Assisti ao jogo entre Vasco e Nova Iguaçu, que terminou empatado em 1 a 1, no domingo (10). É um time que marca e sabe jogar. Ameaçou o Vasco e poderia até ter vencido. Por isso, não acredito que Bruno Henrique deixe o time para a entrada de Borré, mas tem a ficha 1 para sair quando Thiago Maia entrar.
Mauricio, o melhor em campo diante do São Luiz, está com moral. Ele dá dinâmica ao meio-campo e chega na frente criando muitas chances de gol. Wanderson, não menos importante, foi quem saiu para a entrada de Hyoran. Acredito que ele vai deixar o time, em um primeiro momento.
Coudet terá dificuldades para escolher quem vai para o banco. O que ele não pode ter é dificuldade para entender que Alan Patrick e Valencia são intocáveis.