Bolsonaro não ganhou ou perdeu sequer um voto nas manifestações de terça-feira. O objetivo era outro, focado no projeto de reeleição: manter o exército bolsonarista coeso e motivado. E isso foi alcançado.
A narrativa se consolida no território que oscila entre 20% e 25% do eleitorado nacional. Os cálculos em Brasília consideram essa margem suficiente para chegar em 2022 com chance de vitória. Mas para que essa fatia vire maioria, existe um ingrediente fundamental: a polarização. Projetos populistas baseados na autoridade de um líder supremo precisam de inimigos poderosos. Lula, o PT, e o STF, entre outros, continuam firmes em seus papeis.
A equação é simples. Somar os que apoiam com os que rejeitam o outro lado. Foi exatamente assim que Bolsonaro virou presidente. E é assim, até porque não é capaz de agir e pensar diferente, que sonha com seu segundo mandato.