O anúncio do rompimento do contrato foi feito pelo governador Eduardo Leite, mas nem tudo está definido. Depois da notificação, a empresa que ainda administra o Cais Mauá elaborou um recurso detalhado, com dados e alegações questionando os argumentos do Piratini.
Na terça-feira (2), a documentação chegou à Procuradoria Geral do Estado, que se debruçará sobre as dezenas de páginas na tentativa de responder aos pontos levantados. O julgamento do recurso cabe à Secretaria dos Transportes.
Nos bastidores, ainda resta a esperança de que a questão possa ser resolvida de forma amigável, através de uma negociação que evite um eventual embate judicial de consequências imprevisíveis. Para romper o contrato, o governo elencou uma série de possíveis descumprimentos de cláusulas. A Cais Mauá entende que o próprio governo, através de relatório concluído em 2016, admitiu falhas que dificultariam a efetivação dos compromissos.
Os movimentos atuais – notificações e recursos – tramitam na esfera administrativa mas, tanto para o Piratini quanto para o Cais Mauá, vale a velha máxima: tudo que for dito pode ser usado, depois, em juízo, contra você.